Cachos cacheiam
a cada vento que passeia
pela vida vazia
daquela guria...
Dia de sol e nuvens
colorindo o céu.
Dia de crianças aprenderem
a fazer barquinho de papel.
Dia de ir tomar sorvete
e perguntar se seu irmão acredita:
em coelhinho da páscoa,
fadas, duendes e papai noel.
Dia de olhar para dentro d'alma da gente
para procurar o que é que a gente realmente sente...
Se é que sente.
Mas tem gente que sente
amor, paixão, alegria, tristeza, vazios...
tem de tudo.
A guria que passeia no começo da poesia
só sente o vento embaraçando seu cabelo cacheado
e o tempo se fechando, pro seu penteado ser todo arruinado.
Sinto muito por ela.
Quem dera eu tivesse
no início desses versos tortos,
lhe desenhado uma umbrella.
Mas aí não seria ela.
(Sarah Magalhães)
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