Bambolear é arte,
é um jeito da criança de brincar,
é molejo e jogo de cintura,
é fazer o mundo girar...
Bambolear é alegria, é cor, é vida
e inspiração para poesia.
Quando se trocam sorrisos espontâneos
entre tios e sobrinhos, avôs e netinhos,
entre filhos e pais...
Usando a criatividade
ao cortar
mangueiras e mangueiras
para bambolear.
Preenchendo com arroz ou feijão
o bambolê que é meio leve.
Parando na hora do almoço
Parando na hora do almoço
para o arroz com feijão que a mamãe serve,
a gente sente o quanto vale a infância.
Com as crianças que vivem na gente,
aprendemos que às vezes
bambolês significam muito mais
que um cheque de dinheiro,
vídeo-games ou roupas de marca.
Bamboleando a gente lembra
que uma parte da gente ficou na infância
e que não precisa continuar lá...
Então, por que não, sairmos ao quintal para bambolear?
(Sarah Magalhães)
Fotografia: Evandro Júnior