Eu caminhei uns dez minutos
entre praças ensolaradas.
Sentei num banco sob a árvore
para descansar a alma.
O céu ainda era azul
e a minha blusa cor-de-rosa.
Meu pensamento voava distante...
Em um instante
um pássaro
em mim
descartou
sua bosta.
O céu ainda era azul
e minha blusa não mais cor-de-rosa.
(Sarah Magalhães)
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
A gente sabe o que é amizade?
A gente conta pra amiga em segredo
que beijou aquele boy magia no banheiro...
A gente divide o lanche no intervalo
e ainda divide o chiclete ao meio de sobremesa...
Às vezes todo babado.
A gente xinga também,
porque afinal, somos humanas
e somos amigas... É assim.
Se xinga de vaca, fica indignada,
não entende nada...
No final se abraça.
O abraço sela essa amizade tão maluca.
Toda a amizade tem as suas maluquices.
Algumas mais que outras... Rsrs
E isso não foi ninguém que me disse,
eu mesma percebi, vendo a gente crescer:
ora próximas, ora distantes...
A gente marca então de se reencontrar,
colocar o papo em dia, descontrair...
Aproveitar o dia...
Tudo bem, 16hs a gente se encontra lá!
E nos encontramos,
sem muito papo,
de blusa, colete, colar,
bolsa, calça jeans
e calçado, tudo igualzinho!
Um perfeito par
descombinado.
Acontece...
Parecendo gêmeas
infinitamente diferentes,
somos amigas...
Disso a gente entende.
(Sarah Magalhães)
que beijou aquele boy magia no banheiro...
A gente divide o lanche no intervalo
e ainda divide o chiclete ao meio de sobremesa...
Às vezes todo babado.
A gente xinga também,
porque afinal, somos humanas
e somos amigas... É assim.
Se xinga de vaca, fica indignada,
não entende nada...
No final se abraça.
O abraço sela essa amizade tão maluca.
Toda a amizade tem as suas maluquices.
Algumas mais que outras... Rsrs
E isso não foi ninguém que me disse,
eu mesma percebi, vendo a gente crescer:
ora próximas, ora distantes...
A gente marca então de se reencontrar,
colocar o papo em dia, descontrair...
Aproveitar o dia...
Tudo bem, 16hs a gente se encontra lá!
E nos encontramos,
sem muito papo,
de blusa, colete, colar,
bolsa, calça jeans
e calçado, tudo igualzinho!
Um perfeito par
descombinado.
Acontece...
Parecendo gêmeas
infinitamente diferentes,
somos amigas...
Disso a gente entende.
(Sarah Magalhães)
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Conquistando flores
Essa história de conquistar...
Quem foi que inventou?
O homem sempre tem que roubar o coração da amada?
Se ela toma a iniciativa, passa por ''atirada''...
Conquistar...
Apaixonar...
Encantar...
Amar...
Rimar?
Não sei qual o segredo da conquista,
mas conto para vocês, como mulher,
que uma rosa vermelha rouba (se não o coração)
um sorriso sincero, onde se estiver...
(Sarah Magalhães)
Essa foi uma poesia dedicada ao Nicholas, que conquistou em um instante todas as meninas ao seu redor, com rosas vermelhas, sorriso sincero e espontâneo amor!
Obrigada!
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Praça do Índio
Fruto de muito estudo e pesquisas realizadas no decorrer da 5ª Olimpíada Nacional em História do Brasil, os textos a seguir foram produzidos com o objetivo de compartilhar um pouco do que é a Praça do Compromisso e qual a sua importância histórico-cultural para Brasília.
Obrigada Giulia Bacarin, Larissa Gali e Rafael Borges por entrarem na onda e serem uma equipe tão fantástica! E obrigada papai e Juninho por me ajudarem com as fotografias!
Ah, é claro que esse trabalho também rendeu uma poesia! Rsrsrs Espero que gostem!
O Distrito Federal abriga desde pequenas pracinhas entre as quadras residenciais até a grandiosa Praça dos Três Poderes, que abriga os poderes supremos da República.
Porém, muitas vezes distante dos olhares da população - na Asa Sul da cidade-avião, entre as quadras 703 e 704 - encontra-se a Praça do Compromisso, também conhecida como Praça do Índio.
Inaugurada em memória ao assassinato do índio pataxó hãhãhãe Galdino Jesus dos Santos, a praça guarda duas esculturas criadas gratuitamente pelo artista Simon Franco, os monumentos representam uma pessoa sendo queimada e uma pomba.
As obras, localizadas no centro da praça, remetem ao índio que foi queimado vivo por cinco rapazes de classe média de Brasília enquanto dormia na parada de ônibus na madrugada do dia 19 para 20 de abril de 1997.
Símbolo do fim do isolamento temporal do fato, a praça imortaliza o apelo por paz e respeito.
As esculturas que representam uma pessoa em chamas e uma pomba, localizadas no centro da Praça do Compromisso e criadas pelo renomado artista goiano Siron Franco, simbolizam um evento histórico que estampou manchetes de jornais em abril de 1997: o assassinato do índio pataxó hãhãhãe Galdino Jesus dos Santos.
O índio Galdino foi queimado vivo por cinco rapazes de classe média de Brasília enquanto dormia em uma parada de ônibus da Asa Sul. Os rapazes fugiram e Galdino morreu horas depois com 95% de seu corpo queimado. Um chaveiro que passava pelo local no momento do crime anotou a placa do carro no qual os rapazes fugiram após atearem fogo no índio de 44 anos.
No dia anterior ao incidente, 19 de abril - Dia do Índio, Galdino chegou a Brasília para participar de congressos em reivindicação à terra indígena Caramuru-Paraguaçu que estava em conflito fundiário com fazendeiros no sul da Bahia. Ao final do dia 19, não pode entrar na pensão em que estava hospedado e procurou no banco da parada de ônibus um abrigo para passar a noite. O motivo do assassinato tornou-se questionamento nacional, levantando-se hipóteses quanto a intransigência com o diferente, a violência banalizada e quanto ao respeito a dignidade indígena.
Popularmente conhecida como Praça do Índio, a praça carrega esculturas que representam o fim do isolamento temporal do assassinato de Galdino e mantém vivo o compromisso de respeito as diferenças.
Popularmente conhecida como Praça do Índio, a praça carrega esculturas que representam o fim do isolamento temporal do assassinato de Galdino e mantém vivo o compromisso de respeito as diferenças.
Leia a poesia Sobre o valor da vida, também fruto desse trabalho! (:
Com carinho, Sarah Magalhães.
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domingo, 22 de setembro de 2013
Sobre o valor da vida
Faz algum tempo...
Que na parada de ônibus,
Galdino viu sua vida,
como fogo, se apagar...
Fechou seu olhar de desespero para o mundo...
Silenciou.
Silenciou.
E para a história de Brasília entrou.
Já faz uma vida desde que que isso aconteceu...
Um ano depois que nasci.
Sinistro, esse fato ainda me faz refletir
sobre o valor que Galdino recebeu...
Muito se repercutiu na época...
Sobre índios, mendigos... Minorias...
Triste isso,
porque
para mim
toda forma
de vida
valia...
Besteira é querermos taxar tudo,
até o valor da vida...
Triste, feliz, branco, preto, azul...
Rico, pobre, cristão, judeu...
Anão, alto, gordo, magro,
gay, lésbica, criança, adulto...
Todos tem um coração pulsante,
prontos para serem quem são:
independente de cor, classe social,
gosto musical, orientação sexual,
etnia, tipo físico, cor preferida, religião...
Independente de estarem dormindo confortáveis em suas casas
ou ao relento, em uma parada de ônibus, em um canto no chão...
Independente disso tudo, todos temos um valioso coração.
(Sarah Magalhães)
(Sarah Magalhães)
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sábado, 21 de setembro de 2013
Sobre amor ou álcool
Construí ontem
um edifício de palavras...
Com todos os elogios
e descaramentos que me falou...
Você sorria entre as frases,
depois bebia um conhaque
e ainda falava de amor.
Eu nem sei bem,
o que é realmente amar...
Amar um amor fervoroso,
deixar-se apaixonar e sentir
se surpresa, um frio na barriga
e o coração palpitar.
Eu sei que ouvir você bêbado
falando besteiras
foi divertido...
Não apaixonei-me, ainda bem...
Mas por algumas horas
de conversa fiada,
me senti querida...
Talvez apenas uma paixão fantasiada...
Ou melhor, embebedada.
Depois fui eu quem bebi
e acordei, meio tonta,
sem ver você e sem sentir...
amor.
(Sarah Magalhães)
um edifício de palavras...
Com todos os elogios
e descaramentos que me falou...
Você sorria entre as frases,
depois bebia um conhaque
e ainda falava de amor.
Eu nem sei bem,
o que é realmente amar...
Amar um amor fervoroso,
deixar-se apaixonar e sentir
se surpresa, um frio na barriga
e o coração palpitar.
Eu sei que ouvir você bêbado
falando besteiras
foi divertido...
Não apaixonei-me, ainda bem...
Mas por algumas horas
de conversa fiada,
me senti querida...
Talvez apenas uma paixão fantasiada...
Ou melhor, embebedada.
Depois fui eu quem bebi
e acordei, meio tonta,
sem ver você e sem sentir...
amor.
(Sarah Magalhães)
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
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sexta-feira, 19 de julho de 2013
Brasília
Eu no mirante da Torre de TV, ao fundo o pôr-do-sol e ao lado um pedaço da Renata, uma brasiliense-paulista que conhecemos pelo caminho rs |
O resultado foram as fotos que vou postar logo abaixo, muitas gargalhadas e aventuras, muitas conversas, pés doloridos ao final do dia e é claro, a tal vídeo-poesia...
"Poesia em forma de Brasília" vocês podem já conhecer, mas com essas fotografias, vale a pena rever (:
Veja mais fotos na Página no Facebook.
Eu e a flor que gravou tudo e não apareceu no vídeo |
Meu muito obrigada a Maria por animar e filmar, ao Evandro Júnior, que me emprestou a câmera e a Paula Évelyn por me ajudar com as musiquinhas de fundo! <3 E é claro, mamãe, obrigada por aguentar todos os meus "Assim tá bom?" Rsrsrs :3
Espero que todos tenham gostado desse trabalho pelas curvas brasilienses!
Com muito carinho,
Sarinha.
sábado, 13 de julho de 2013
O amor de Lara
Era uma vez uma história de amor...
Uma história platônica,
entre uma menina e um jogador.
Lara é o nome dela,
atleta, loira, encantadora e bela.
Ainda no ensino médio,
mas com a mente lá no futuro.
Estuda loucamente
e na capa do caderno
tem o jogador Bruno.
Sabe essas paixões platônicas?
Aham... Bem assim.
A menina se derretia
de amores todos os dias.
Até que então, aqui em Brasília
foi assistir ao jogo da seleção...
Eu não fui, não sei como foi,
mas Larinha deve ter ficado rouca
de tanto gritar e torcer pelo seu amado.
Seu e de tantas outras,
sabemos nós.
Muito bem, que legal!
O Brasil ganhou, sensacional!
Melhor que isso
foi o presente que Lara recebeu...
Encontrou enfim o amor da sua vida
e esse momento eternizou-se
na sua foto mais querida.
Um presente para Lara,
com muito carinho, Sarinha.
Uma história platônica,
entre uma menina e um jogador.
Lara é o nome dela,
atleta, loira, encantadora e bela.
Ainda no ensino médio,
mas com a mente lá no futuro.
Estuda loucamente
e na capa do caderno
tem o jogador Bruno.
Sabe essas paixões platônicas?
Aham... Bem assim.
A menina se derretia
de amores todos os dias.
Até que então, aqui em Brasília
foi assistir ao jogo da seleção...
Eu não fui, não sei como foi,
mas Larinha deve ter ficado rouca
de tanto gritar e torcer pelo seu amado.
Seu e de tantas outras,
sabemos nós.
Muito bem, que legal!
O Brasil ganhou, sensacional!
Melhor que isso
foi o presente que Lara recebeu...
Encontrou enfim o amor da sua vida
e esse momento eternizou-se
na sua foto mais querida.
Um presente para Lara,
com muito carinho, Sarinha.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Feijoada Beneficente
Oi minha gente!
Hoje vim aqui convidar
todo mundo para participar
de uma feijoada beneficente.
Esperem que eu vou explicar...
Eu treino karate já faz um tempão
e uma equipe da minha academia
está arrecadando dinheiro
para poder viajar para o Japão.
Domingo agora, dia 7,
vocês não podem perder,
vai rolar a feijoada
da equipe mais linda de karate!
Eu sou suspeita para falar,
mas com certeza
com esse almoço
você vai se deliciar!
Rsrs..
O convite custa 20 reais,
pode comprar comigo agora
ou na entrada, tanto faz!
Para os guaraenses de plantão
é só chegarem ao CAVE
e já vão ver uma faixa de indicação.
A feijoada é no CCI,
que fica entre o Ginásio
e a Casa da Cultura.
Espero vocês por lá, com convites,
feijoada, música, poesia e ternura! <3
Com carinho,
Sarinha.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Trauma musical
Um dia cantei
palavras que detestava
e odiei compositores
que minha professora de canto adorava...
Um dia saí do coral,
pude então sorrir e ser livre
para ouvir o que quiser
ou admirar um silêncio qualquer.
Pude então me encantar
com os sons e vozes brasileiras,
acompanhadas de bandolins e brincadeiras.
Eu aprendi que os compositores
que um dia detestei...
Na verdade não são culpados da minha frustração,
o detalhe é que sou feita para ouvi-los com a alma e coração.
Sem cantar...
A não ser no chuveiro.
Sem me descabelar,
por ter aula de coral o ano inteiro.
Um dos meus grandes traumas musicais,
entre arranjos perturbantes de Tim Maia,
jangadas viajantes de Caymmi e tantos outros mais
é o inquietante Fome Come...
Mas toda palavra cantada,
tem seu brilho, sua graça...
Depois de uma época em que o verbo "cantar" me deixava apavorada,
aprendi que ouvir as músicas sob a sombra de uma árvore,
lendo um bom livro, sem precisar fazer aquecimento vocal...
Beliscando algum aperitivo, sonhando com um tempo amigo,
pode fazer qualquer música ficar mais legal.
As melodias deixam de ser o barulho do passado,
para tornarem-se lembrança de algum momento engraçado.
(Sarah Magalhães)
palavras que detestava
e odiei compositores
que minha professora de canto adorava...
Um dia saí do coral,
pude então sorrir e ser livre
para ouvir o que quiser
ou admirar um silêncio qualquer.
Pude então me encantar
com os sons e vozes brasileiras,
acompanhadas de bandolins e brincadeiras.
Eu aprendi que os compositores
que um dia detestei...
Na verdade não são culpados da minha frustração,
o detalhe é que sou feita para ouvi-los com a alma e coração.
Sem cantar...
A não ser no chuveiro.
Sem me descabelar,
por ter aula de coral o ano inteiro.
Um dos meus grandes traumas musicais,
entre arranjos perturbantes de Tim Maia,
jangadas viajantes de Caymmi e tantos outros mais
é o inquietante Fome Come...
Mas toda palavra cantada,
tem seu brilho, sua graça...
Depois de uma época em que o verbo "cantar" me deixava apavorada,
aprendi que ouvir as músicas sob a sombra de uma árvore,
lendo um bom livro, sem precisar fazer aquecimento vocal...
Beliscando algum aperitivo, sonhando com um tempo amigo,
pode fazer qualquer música ficar mais legal.
As melodias deixam de ser o barulho do passado,
para tornarem-se lembrança de algum momento engraçado.
(Sarah Magalhães)
Quero saber quem conhece essa aqui!
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terça-feira, 25 de junho de 2013
Manifestando-me
Amoresia está na página 294 da Antologia Poética - Prêmio Poesia Livre 2013, publicada pela editora Vivara. O livro é uma colcha de retalhos de vó sabe!? Retalhos de poetas de cada canto do Brasil reunidos em uma obra só, uma história nova a cada página, um jeito novo de ler a cada verso. Achei um charme só! <3
Você pode ler a poesia clicando AQUI (:
Quando a caixa do correio chegou com os livros, abri um pouco ansiosa, um pouco cansada de esperar, um pouco com medo da capa ser feia, um pouco querendo rasgar o embrulho como criança... Abri a caixa um pouco e dei um sorriso! Os livros gracinhas vermelhos e cheirosos (sim, cheirei os livros, é claro!) estavam enfim nas minhas mãos. Eu era uma menina cheia de bonecas de pano no colo... haha
Uma poesia sob um olhar poético e observador da vida: Manifestando-me Depois de uns dias de descanso, do corpo e da alma. Sem tempo para digitar o que rabisco no papel, demorei mas voltei. E voltei vendo tanta coisa mudar, gente saindo para manifestar... A televisão, outrora formadora de opinião, precisando se adaptar ao que os jovens agora resolveram gritar... A internet. por alguns ainda menosprezada, ganhou tamanha força e poder que nem por mim nem por você poderá ser ignorada. Manifestação. Mas, manifestação? Mais manifestação. Manifestação artística social política cultural sentimental e o escambau É preciso mais manifestações! De preferência diárias! Manifestemos os sonhos as opiniões manifestemos nossos corações revoltados ou por que não, apaixonados? Falta mesmo essa onda de manifestação na vida. Falta um pouco de consciência para gritar e ser ouvida. Porque manifestação não é só gritar. Manifestação é antes de falar ter consciência e conhecimento para transmitir o que quer que se queira manifestar. Manifestar é a força da expressão. Manifestação pode ser desenhada em um quebra-cabeça de palavras chamado poesia. Eu, querendo ser poeta, manifestei sonhos, flores e cores nos últimos dias... (Sarah Magalhães) p.s.: A poesia acima não é Amoresia e não foi publicada no livrinho vermelho. |
sábado, 15 de junho de 2013
Yong
Você não sabe
o trabalho
que está me dando!
Tento traduzir em poesia
sua arte que vejo
quando pela rua
estou andando.
Tem um dragão deitado ao chão
no caminho que percorro
quando da aula estou a voltar.
Sempre passo ouvindo música
e vendo as cores transbordarem
da parede para o ar...
Meu caminho ganha
uma nuvem de fantasia.
E continuo o percurso assim:
caminhando entre o chão e as nuvens,
com a arte transbordando
da parede e de mim.
(Sarah Magalhães)
sábado, 1 de junho de 2013
Sobre casamentos
Numa tentativa de ser
uma poesia sobre casos
e descasos de casamentos,
espalho as palavras
como as folhas se espalham
com o vento...
Quem foi que disse
que todos os casais são iguais?
Sei lá, ninguém disse...
E nem são.
Tem aquele casal que planeja
desde a infância, o casamento dos sonhos,
os votos, o véu, buquê de rosas e alianças.
Tem quem diga que nunca vai casar,
prefere ser livre para a vida aproveitar.
Aí dez anos depois a gente reencontra na rua
com aliança no dedo e o filho no colo...
Tem aquela amiga
que espera o príncipe encantado
e vive num mundo de princesas...
Tem a que quer estudar,
passar num concurso público,
ter estabilidade para não depender de ninguém
e só depois se preocupar
se vai casar com alguém.
Tem casamentos virtuosos
e outros tão tempestuosos...
Tem casamento na igreja,
com missa, coral e o escambau...
Para depois todos se embriagarem
com a cerveja e voltarem aos seus lares
dirigindo muito mal... "Que Deus proteja!"
Queria casar no jardim,
de short jeans e camiseta branca,
um buquê charmoso de tulipas
e no peito a esperança.
Na camiseta escreveria um "Eu te amo"
com uma cursiva bem bonita e delicada sobre o pano...
Isso parece até sonho de criança, não?
De todos os sonhos
e todas as possibilidades de casamento,
o que menos importa é a cerimônia,
com o melhor buffet e decoração,
com o vestido mais caro da loja,
com o noivo mais bem sucedido,
com as fotos mais bonitas
para exibir depois para os amigos...
Não, não e não!
Os passos até o altar,
devem ser os passos do dia a dia,
impulsionados por amor,
ternura, paciência, respeito,
companheirismo, carinho e alegria.
Se caminhar ao altar é tão importante,
que se repitam os passos a cada dia,
em casa, na rua, indo até a padaria,
aonde for, sempre com sabedoria.
Com amor.
(Sarah Magalhães)
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domingo, 26 de maio de 2013
Dura vida de professor
Torquato era professor da secretaria de educação,
e todos os dias no trabalho
ensinava aos alunos alguma grande lição.
Falava sobre os bons princípios,
traduzia a intraduzível química,
tinha horas que era amigo, professor,
conselheiro, pai, irmão, coordenador,
carrasco, educador, "quebra-galho", jogador,
psicólogo e se precisasse até porteiro ou cantor...
Foram tantas atribuições sobre um cara só
que num belo dia ensolarado,
depois da brilhante gota d'água,
aconteceu o pior!
O governo enviou um tablet
para cada professor
ter uma ferramenta agilizadora
em seu trabalho,
para não precisar de tanto papel
e nem do antigo e físico diário...
Torquato já cheio de tanta informação,
quando viu aquele "trem" logo ficou doidão.
Deu um tiut no cérebro,
apagando seu bom gosto musical.
Saiu da escola pelas ruas cantando
como se estivesse em carnaval...
"E agora eu fiquei doce igual caramelo,
Tô tirando onda de tablet amarelo.
E agora você diz: vem cá que eu te quero,
Quando eu passo com o tablet amarelo"
(Sarah Magalhães)
(Sarah Magalhães)
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