Um dia minha mãe volta do trabalho contando que indicou uma poesia minha para não sei quem... Tudo bem. Termino de lavar a louça. Ela me conta que o marido de uma amiga leu meu blog e gostou muito e mandou um livro lindo para mim e que ele disse que sou uma escritora e que tenho que conhecer o mundo e eu fiquei tão feliz! O tal livro é "O flâneur, de Edmund White" Um passeio pelos paradoxos de Paris.
Essa historinha toda e o primeiro capítulo do livro me inspiraram a escrever a poesia "Simplicidade", que fala não só de Paris, mas do deslumbre que pode haver em qualquer cidade do mundo. Muito obrigada Sérgio pelo presente! Amei! E feliz aniversário Alê, cê é daora! <3 hahaha E mami, amo muito você, obrigada por inspirar minha vida.
Agora, a poesia...
Simplicidade
Paris, o escritor e a cidade.
País, o amor e a felicidade.
Paz, o leitor e a simplicidade.
Simples cidades encantam os visitantes
e os transformam, bastam alguns passos.
Proporcionam uma explosão de fotografias sensoriais:
cafés, chalés, monumentos, momentos, esgotos, catacumbas,
livrarias, chapelarias, sorrisos, pássaros.
Um caminho.
Um voo.
Um observador.
Um poeta.
Um amor?
A grande cidade é aquela que colorimos
em nossos corações, em nossos versos
ou sonhos...
A mais bela cidade é aquela que habita em nós,
não a que habitamos.
A simples cidade que é a alma de um poeta,
abriga todos os que, com um sorriso ou uma flor,
queiram passar uma temporada por ela.
Um flâneur em Paris.
Um poeta peregrinando
esquinas de cafés e versos
da cidade abstrata de seu coração.
Em toda cidade cabe um charme, uma perfeição,
um flâneur ou um poeta para desenhá-la com precisão.
Precisamos observar a simplicidade
que cabe em nossos corações.
Como um flâneur em Paris.
(Sarah Magalhães)
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