Queria mudar de vida.
Já estava cansada de se olhar no espelho...
Resolveu trocar seus cachos louros,
por algum tom de vermelho...
Mariana foi até comprar a tinta, mas chegou lá e não gostou.
Olhou para duas outras caixinhas "roxo flúor" e "rosa impossível".
Ficou na dúvida, mas acabou que as duas comprou.
Chegou em casa, sujou toda a pia do banheiro,
pintou até o cotovelo, manchou a toalha nova da sua mãe...
Mas depois que se olhou no espelho,
enxergou a vida mais colorida.
Esqueceu o banheiro pintado e sua mãe que pode surtar
quando encontrar a filha pintada e a toalha nova toda manchada.
Agora Mariana se sente inclusa num mundo colorido,
por onde passa, sente-se notável...
O seu melhor caminho
ao voltar do curso pré-vestibular
é passar ao lado do parquinho,
porque sabe que as crianças vão se encantar!
Perguntam se seu cabelo é de verdade
ou é de algodão doce...
Algumas meninas pedem um igual para a mãe,
que para distraí-las enfia em sua boca um doce.
As vezes é só isso que a gente precisa para sentir-se bem...
um doce.
(Sarah Magalhães)
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sábado, 22 de dezembro de 2012
domingo, 11 de novembro de 2012
Chapéu e véu
O senhor de chapéu
observa a moça de véu...
Mas que diacho ela faz em plena
Avenida São Paulo, de véu...?
A moça distante de véu,
olha de relance para o senhor de chapéu
e ao voltar-se para a frente
vê um baque e ouve um clarão...
O senhor de chapéu, pouco surpreso,
vê a moça de véu, estendida no chão...
Ao lado dela escorre algo denso,
líquido e vermelho pelo asfalto...
Que logo atrai uma confusa multidão.
O senhor de chapéu continua seu percurso,
sem saber porque a moça estava de véu pela rua.
"Vai ver ela tinha vergonha dos cabelos,
assim como eu..."
Ele pensou antes de partir.
(Sarah Magalhães)
observa a moça de véu...
Mas que diacho ela faz em plena
Avenida São Paulo, de véu...?
A moça distante de véu,
olha de relance para o senhor de chapéu
e ao voltar-se para a frente
vê um baque e ouve um clarão...
O senhor de chapéu, pouco surpreso,
vê a moça de véu, estendida no chão...
Ao lado dela escorre algo denso,
líquido e vermelho pelo asfalto...
Que logo atrai uma confusa multidão.
O senhor de chapéu continua seu percurso,
sem saber porque a moça estava de véu pela rua.
"Vai ver ela tinha vergonha dos cabelos,
assim como eu..."
Ele pensou antes de partir.
(Sarah Magalhães)
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Desprendimento
Num tempo
de secura:
sol e vento
Caminho
pela rua
vejo pobres
e penso
Em uma
nova forma
de desprendimento
Desprendo da cabeça
uma presilha
e continuo caminhando
(de cabelos ao vento)
Eu queria mesmo
conseguir pensar
em algo com que eu possa
a quem precisa, ajudar
Após a vitrine
de uma loja ver
lembro do que
poderei me desprender
Porque não doar
roupas e brinquedos
a uma instituição legal...?
Quem disse que crianças
só precisam disso
no natal?
(Sarah Magalhães)
de secura:
sol e vento
Caminho
pela rua
vejo pobres
e penso
Em uma
nova forma
de desprendimento
Desprendo da cabeça
uma presilha
e continuo caminhando
(de cabelos ao vento)
Eu queria mesmo
conseguir pensar
em algo com que eu possa
a quem precisa, ajudar
Após a vitrine
de uma loja ver
lembro do que
poderei me desprender
Porque não doar
roupas e brinquedos
a uma instituição legal...?
Quem disse que crianças
só precisam disso
no natal?
(Sarah Magalhães)
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