Num tempo
de secura:
sol e vento
Caminho
pela rua
vejo pobres
e penso
Em uma
nova forma
de desprendimento
Desprendo da cabeça
uma presilha
e continuo caminhando
(de cabelos ao vento)
Eu queria mesmo
conseguir pensar
em algo com que eu possa
a quem precisa, ajudar
Após a vitrine
de uma loja ver
lembro do que
poderei me desprender
Porque não doar
roupas e brinquedos
a uma instituição legal...?
Quem disse que crianças
só precisam disso
no natal?
(Sarah Magalhães)
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terça-feira, 2 de outubro de 2012
domingo, 23 de setembro de 2012
Vento
Beijos mandados ao vento.
Um sopro de volta.
É a resposta do vento
dizendo que gosta.
(Sarah Magalhães)
Um sopro de volta.
É a resposta do vento
dizendo que gosta.
(Sarah Magalhães)
sábado, 7 de julho de 2012
A relação com o tempo
Eu não escrevo todo dia.
Eu escrevo quase todo dia.
Quando escrevo, escrevo sobre todo o dia que passou...
Não escrevo por todo o dia,
mas pelo tempo suficiente.
As vezes levo
o tempo todo
que o dia tem.
As vezes o tempo leva
o dia todo
que a minha poesia tem
para passar a existir.
Mas com o tempo a poesia vem
e alguém num belo dia a recita muy bien.
A poesia embalada de tempos,
de ventos, de lembranças ocultas
e momentos...
Com o tempo se dissolve ao vento.
O que resta é a lembrança
de alguns versos
mal rimados.
O que resta é a esperança
de que o amor (ou um autor)
outra vez
recite algo.
Algo além do tempo.
(Sarah Magalhães)
Eu escrevo quase todo dia.
Quando escrevo, escrevo sobre todo o dia que passou...
Não escrevo por todo o dia,
mas pelo tempo suficiente.
As vezes levo
o tempo todo
que o dia tem.
As vezes o tempo leva
o dia todo
que a minha poesia tem
para passar a existir.
Mas com o tempo a poesia vem
e alguém num belo dia a recita muy bien.
A poesia embalada de tempos,
de ventos, de lembranças ocultas
e momentos...
Com o tempo se dissolve ao vento.
O que resta é a lembrança
de alguns versos
mal rimados.
O que resta é a esperança
de que o amor (ou um autor)
outra vez
recite algo.
Algo além do tempo.
(Sarah Magalhães)
terça-feira, 26 de junho de 2012
Efeitos
Qualquer olhada tua
pode me fazer sorrir.
Qualquer olhar a lua
pode me fazer dormir.
Cada brilho, cada luz.
Cada brisa
Cada vento
Cata-vento
Alegria
Cada coisa
Cada dia
Cada um
Na poesia
(Sarah Magalhães)
pode me fazer sorrir.
Qualquer olhar a lua
pode me fazer dormir.
Cada brilho, cada luz.
Cada brisa
Cada vento
Cata-vento
Alegria
Cada coisa
Cada dia
Cada um
Na poesia
(Sarah Magalhães)
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domingo, 3 de junho de 2012
No meu quarto
Eu abri a janela para entrar um vento...
o vento entrou
o quarto esfriou
a chuva caiu
o vento cantou
a quarto escutou
e uma folha caiu
Fechei a janela
mas o vento a abriu.
Deixei.
Cansei da tristeza que entrou pela janela
não deixo mais que me toque.
Me protejo com meias luvas e cobertor
quentinho como um amor.
Um certo amor...
(Sarah Magalhães)
terça-feira, 29 de maio de 2012
Bom tempo
Ora, ora, ora, ora
Enquanto o vento leva embora
todas as mágoas e as angústias
O sol se abre para o amor
traz a alegria e o esplendor
de que necessitam nossos corações.
A brisa que bate na janela (de madeira)
logo cedo, ao amanhecer
Me traz um cheiro de canela
e me faz lembrar de você.
(Sarah Matos Magalhães)
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