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domingo, 6 de novembro de 2016

Teatro tem espaço

Teatro tem espaço,
tem espaço sim!

Teatro cabe em palco,
cabe em pátio,
cabe no jardim...

Teatro cabe em cada canto
onde há inspiração
e gente bem disposta
a trabalhar com dedicação.

Teatro tem espaço,
tem espaço sim!

Tem espaço na escola,
tem espaço no coração.

A magia do teatro transforma tudo em arte.

Não há mal tempo, vendaval,
gritaria, poeira, cenário, luz,
falta de figurino ou de cadeira
que desfaça o espetáculo...

Nem mesmo uma goteira gotejando no palco.

O teatro, meus caros, é um espetáculo raro,
que transforma nosso espaço e se aconchega no coração.

O passe de mágica:
gratidão.

O espaço do teatro é o espaço que estiver.

Acontece de toda maneira e cabe onde quiser,
até aqui neste poeminha.

Sarah Magalhães

Poema inspirado pelo Festival de Teatro organizado pela professora e amiga Fernanda com seus alunos em um colégio da rede pública de ensino do Distrito Federal. As peças foram lindas, todo o trabalho foi emocionante! Então, amigos, viva ao teatro! E ao espaço da escola! <3



Beijocas, Sarinha. 




segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Frágil

Ontem, domingo (28), tive o prazer de assistir à última apresentação desta temporada de espetáculos do grupo Frágil. A peça Frágil, esteve em cartaz no Teatro H2O, no Recanto das Emas, entre os dias 23 e 28 de agosto e, com o apoio da Funarte -que incentiva a ocupação dos teatros do Distrito Federal- pode acolher gratuitamente um público amplo e que muitas vezes teve ali o seu primeiro contato com o teatro.

O espetáculo conta com a direção de Cléber Lopes, dramaturgia de Jonathan Andrade e o brilhante elenco composto por: Gizele Ziviank, Magno Telles, Maria Eugênia Félix e Ricardo César.

A peça aguça, alfineta, inquieta, acolhe e desconcerta intimamente o público, que sente sussurrar em si o mais forte e mais frágil que há na própria existência. Retratando cenas mais do que presentes nas nossas vidas, o grupo mescla de tamanha forma a ficção e a realidade que o público flutua entre o real e o espetacular. As fragilidades das personagens refletem muitas histórias que carregamos conosco e que nos fazem enxergar a força que elas impulsionam em nós.

Quantos sentimentos não são despertados neste espetáculo entre todos os elementos (simples, certeiros e acolhedores) de figurino, cenário, atuação, interação, iluminação, som, direção, texto... A magia acontece no teatro meus caros, e cada lágrima e gargalhada despertadas em nós são efeito de um grande e forte trabalho do grupo Frágil.

A arte tem esse poder de inquietar, incomodar, doer... E também de afagar, consolar, dar colo. A arte pode gritar silenciosamente, ela tem o poder de dar voz e o poder da arte não pode ser abafado. Os nossos teatros precisam ser palco, precisam de vida, precisam ser ocupados! E foi um prazer ver tão vivo e pulsante um "pequeno teatro" em uma "pequena cidade", enquanto o nosso monumental Teatro Nacional, no coração de Brasília, está fechado para a arte e para nós.

Então, fica a dica, conheçam o grupo Frágil (esta é a página deles no facebook: Frágil) e acompanhem as diversas formas de arte onde você mora, ocupem os espaços culturais que puderem, divulguem os espetáculos que conhecerem e embriaguem-se de arte e de amor! <3 

Abaixo algumas fotos do espetáculo: 
(Créditos das imagens: Luis Alves)

Em cena Gisele Ziviank.
Em cena Magno Telles.
Em cena Maria Eugênia Félix.
Em cena Ricardo César.

Beijocas, Sarinha.


quarta-feira, 6 de maio de 2015

Poema louco

Meu pai é tão louco,
que nem sei se cabe em uma poesia só.

Loucura que presencio a vida inteira
desde quando eu ainda tomava mamadeira.

Papai é louco por futebol,
não perde nenhum jogo do Cruzeiro.
Muito menos do meu irmão,
mesmo que para assisti-lo
precise dirigir por um dia inteiro.

Papai é louco pelas filhas,
acompanha tudo o que elas inventam:
campeonato de iô-iô, aula de teatro, aula de crochê,
time de futsal, natação, aula de atletismo,
festa com bolha de sabão, campeonato de karate...

Um dia, quando eu era bem pequena
no Parque da Cidade estava a brincar,
meu irmão quis ir no clássico Foguete
mas no meio do caminho resolveu parar.

Toda a conversa era pouca
e só saiu de lá quando meu pai subiu para buscar.

Meu pai é louco por doce de amendoim
e ái de mim se depois do almoço
não tem nem um docinho.

Claro, depois uma água bem gelada
e um cochilo também caem muito bem.

Meu pai é louco por plantas e animais.
Cuidar da horta da vovó, ele acha bom demais!

Papai é louco por um café
e diz que o dele não é tão bom
quanto o da mamãe é...

Pior que tenho que concordar,
o café da mamãe deixa um aroma
de amor no ar.

Ah! Papai é louco também pelas netinhas!
Ele gosta de estourar pipoca com
a panela sem tampar,
só para chover algumas pipoquinhas
e ver a Clara gargalhar!

Papai é louco,
pensa que é criança!
Trabalha o dia inteiro
mas nunca se cansa.

Falei no começo que talvez
uma poesia fosse pouca para recitar
que outro pai, louco como o meu,
certamente ninguém encontrará.

O meu pai,
é louco demais.

E eu,
sou louca por ele.

Com todo o amor que tenho em mim (depois de dezenove anos de loucura, quer dizer, amor, recebido) feliz aniversário papai, você é o meu louco preferido!
Beijocas, Sarinha

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Drama

Ao próximo apitar
do relógio,
muito depois de me despertar,
vou sentar na minha cama
e me desesperar.
Mas em minutos me recupero,
não se preocupe.
Apenas o meu choro escute,
pois estarei a ensaiar
para a peça de teatro,
que amanhã hei de encenar.

(Sarah Matos Magalhães)