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domingo, 30 de setembro de 2012

Fato poético

Ontem estava caminhando
numa cidade desconhecida -por mim-

Resolvi subir uma escada
e consegui sem problemas
mesmo eu sendo desastrada.

Caminhei um pouco
para conhecer o lugar.
O tempo foi passando
e resolvi para casa voltar.

Ah, eu estava de rasteirinha, só para constar.

Fui então refazer o caminho,
descer a escada devagarzinho...

Mas nesse instante
um invisível elefante
me fez um favor,
deu-me um empurrão
que me desequilibrou.

Tropecei em não-sei-o-que
e chutei uma pedra que nem pude ver.

Meu dedo coitado logo gritou
e a dor que sentia
em lágrimas de sangue
se exteriorizou.

Passou.

Quando lembrou que estava machucado
e que um pedaço seu perdeu,
o pobrezinho chorou esperneou
latejou e ardeu...

Suas reações já são comuns
quando chuto quinas além dos quintais.

Essa foi uma poesia
baseada em fatos reais.

(Sarah Magalhães)