terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Alegria


Alegria

Recebi um presente
de uma pessoa chamada Alegria.

Ela faz parte da minha vida
desde a virada do milênio.

Quando muitos diziam 
que em 2000 o mundo iria acabar.

Eu sabia que era tudo balela
e era o ano que a minha irmãzinha iria chegar.

Qual seu nome? Alegria.

Recebi um presente de quem me ensinou
sobre o encanto de inventar história
e de brincar com as palavras
e me inspirou a pensar em versos e palavras rimadas...

Com seus risos incessantes,
seu olhar brilhante
e seu abandonado blog de poesia

Eu recebi o presente mais feliz da vida.
Eu li o poema mais bonito da vida.

Recebi num balão
a poesia mais linda que pode existir!

Cheia de um ar de alegria,
cheia de amor,
cheia da menina mais linda do mundo
e que alegra o meu viver.

Eu recebi a alegria escrita em versos
da minha irmã Lele.

(Sarah Magalhães)

domingo, 29 de dezembro de 2013

Sarinha cozinha?

Quem me conhece um pouquinho, 
sabe o quanto não levo jeito com cozinha. 

Normalmente a louça é minha, 
porque no fogão sou um desastre.
O forno demorei aprender a acender
e assar bolo sem que ele queimasse!?
Quando sentia o cheiro de queimado,
nem adiantava mais correr.

Quem me conhece um pouquinho mais,
sabe que mamãe tem mãos de fada.
Cozinha divinamente, tortas doces e salgadas,
faz doces, pudim, gelatina colorida, tapioca, panqueca,
manjar de coco e tantas maravilhas que você nem imagina.

Então, eu nunca precisei cozinhar... Entendem?

E nem sei cozinhar nada além
de brigadeiro, mousse, tapioca
e...
Só.

Mas me arrisquei a cozinhar,
quis fazer um bolo colorido,
só porque acho bonito.

Quando eu separava a massa para colorir
meu irmão entrou na cozinha e começou a rir.
Ele perguntou se o meu bolo era para a parada gay.

Quando eu separava a massa pra colocar a gelatina de abacaxi
minha mãe entrou na cozinha e também começou a rir.

Eu devo ser piada cozinhando sozinha,
porque todo mundo que me olhava soltava alguma piadinha.

No fim o bolo não queimou.
No fim o bolo ficou bom.
No fim o bolo até rimou.

No fim o bolo acabou.

Com carinho, Sarinha.




domingo, 22 de dezembro de 2013

A poesia

Às vezes a poesia vem de encontro,
ela te abraça, sorri para você.

Às vezes a poesia te tira para dançar
e misteriosamente não te deixa tropeçar.

Às vezes a poesia é tão sua,
que só você enxerga e só você consegue ler.

Assim é bom,
faz ela ser secreta (aos que caminham)
e radiante (só para você).

A poesia,
leve e sutil como só ela,
é desmaterializada
para quem quer acolhê-la
no fundo da alma.

(Sarah Magalhães)

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Marília brilhante

Professoras sentadas a mesa,
todas entretidas a conversar.

Marília com seus alguns aninhos
empenhava-se como uma Tarsila ao desenhar...
Mas ela precisava de mais material,
uns lápis de cor não cairiam mal...

Mamãe, preciso de lápis colololido pa terminar!
Mamãe, eu preciso!

A mamãe estava entretida junto as outras professoras a conversar.
Mas a tia Mari tentava ajudar...

Precisa de que meu bem?
Dos lápis colololidos!

Onde eu vou arrumar isso minha flor,
usa essa caneta aqui!

Não, aquela tia que tava aí do seu lado tem!

Que tia?!
Aquela que tava aí com você!

Como ela é?!
Aquela tia dos cabelos brilhantes!

Pequeninas mentes brilhantes
enxergam em fios sem cor
um brilho cativante e encantador.

Tomara que eu possa crescer com a mente
tão brilhante quanto o meu cabelo vai ser.

(Sarah Magalhães)

domingo, 15 de dezembro de 2013

Simplicidade

Um dia minha mãe volta do trabalho contando que indicou uma poesia minha para não sei quem... Tudo bem. Termino de lavar a louça. Ela me conta que o marido de uma amiga leu meu blog e gostou muito e mandou um livro lindo para mim e que ele disse que sou uma escritora e que tenho que conhecer o mundo e eu fiquei tão feliz! O tal livro é "O flâneur, de Edmund White" Um passeio pelos paradoxos de Paris.

Essa historinha toda e o primeiro capítulo do livro me inspiraram a escrever a poesia "Simplicidade", que fala não só de Paris, mas do deslumbre que pode haver em qualquer cidade do mundo. Muito obrigada Sérgio pelo presente! Amei! E feliz aniversário Alê, cê é daora! <3 hahaha E mami, amo muito você, obrigada por inspirar minha vida. 
Agora, a poesia...


Simplicidade

Paris, o escritor e a cidade.
País, o amor e a felicidade.
Paz, o leitor e a simplicidade.

Simples cidades encantam os visitantes
e os transformam, bastam alguns passos.
Proporcionam uma explosão de fotografias sensoriais:
cafés, chalés, monumentos, momentos, esgotos, catacumbas,
livrarias, chapelarias, sorrisos, pássaros.

Um caminho.
Um voo.
Um observador.
Um poeta.
Um amor?

A grande cidade é aquela que colorimos
em nossos corações, em nossos versos
ou sonhos...
A mais bela cidade é aquela que habita em nós,
não a que habitamos.

A simples cidade que é a alma de um poeta,
abriga todos os que, com um sorriso ou uma flor,
queiram passar uma temporada por ela.

Um flâneur em Paris.
Um poeta peregrinando
esquinas de cafés e versos
da cidade abstrata de seu coração.

Em toda cidade cabe um charme, uma perfeição,
um flâneur ou um poeta para desenhá-la com precisão.

Precisamos observar a simplicidade
que cabe em nossos corações.

Como um flâneur em Paris.

(Sarah Magalhães)

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O beijo silencia

Se eu te escrever um livro,
promete levá-lo contigo?

Se eu te declamar meu amor,
promete ouvi-lo como se ouve
o mais virtuoso cantor?

Se eu não parar de falar,
promete me beijar a boca
para me c a l a r ?

(Sarah Magalhães)


                   

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Caminho de sempre

No caminho para o estágio,
a casa da vó, o colégio ou o trabalho,
mesmo nessa dura rotina
com o ônibus chacoalhando
para baixo e para cima...

É quando devemos prestar mais atenção
ao brilho do sol e às cores da vida,
pois podemos encontrar uma velha paixão
em qualquer parada da avenida.

Os caminhos feitos sempre por a gente sem pensar
podem em uma bela surpresa se transformar...

Na cadeira ao seu lado, ensolarada e esquecida,
logo pode se sentar o grande amor da sua vida.

(Sarah Magalhães)

sábado, 7 de dezembro de 2013

Dona Sarah, Conselheira Amorosa

Meu amigo fica querendo conselho amoroso,
mas sou a pior conselheira que conheço.

Eu poderia indicar a ele uma cartomante
para levar a mulher amada em três dias.

Ou sugerir umas cantadas infalíveis
para conquistar o amor da vida dele.

Eu poderia emprestar umas poesias, indicar uma floricultura
e escrever a receita de um suflê de rapadura
para ele conquistar a mulher que tanto diz amar.

Se ele tivesse paciência para ler,
eu daria de presente um daqueles livros
ditos de auto-ajuda que ensinam
como relacionamentos ideais devem ser.

Caixas de bombons podem engordar.
Presentes podem se desgastar.
As flores murcham.
Os poemas largados na gaveta.
As cantadas funcionam tanto
quanto cantar dando pirueta.
Livro de auto-ajuda, se servisse para ajudar
não sairia todo dia mais um título a se lançar...
Um só resolveria.

Acho que de todas as opções,
o melhor que pude pensar foi a tal cartomante,
tem até referências...
Acho que vou anotar nome e telefone
num bloquinho e deixar na estante,
para quando ele vier me visitar.

Eu sou a pior conselheira que ele poderia conhecer,
mas amiga se esforça, não importa o "para que".
Só queria compartilhar isso,
obrigada por ler.

(Sarah Magalhães)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Caminho molhado

Entre as poças d'água
na rua toda molhada
vejo pegadas meio tortas
e atrapalhadas.

Parecem de crianças
brincando na chuva
sem a mãe ver.

Parecem, mas são apenas
um pouquinho do caminho
percorrido ontem por eu e você.

Entre as poças espelhadas
enxergo-me ao caminhar
e me lembro dos seus braços
tão firmes, salvando-me
quando entre as poças d'água
me deixei tropeçar.

Eu sorrio sozinha
e continuo a caminhar.

Mas dessa vez vou mais atenta,
lembrando que se tropeçar
estou sozinha
e vou me estabacar no chão
como uma jumenta.

Essas pegadas entre as minhas
podem ser de alguma criancinha...

Podem guardar alguma história
que a próxima chuva levará...

(Sarah Magalhães)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Caduquice

Se eu cruzasse com você pelo caminho,
lá pelos meus sessenta e quatro...
Com certeza eu me apaixonaria
sem pestanejar.

Seus olhar seria o mesmo
e sua barba já grisalha
iria me encantar.

Se eu te encontrasse
lá pelos meus sessenta e quatro
em uma cafeteria...
Com certeza sentiria
sua alma junto a minha.

E se a gente não se reconhecesse?
Em um instante nos apaixonaríamos
e à moda antiga começaria um romance
por um bilhete de guardanapo,
ou com você me ajudando a limpar
o café que deixei derramar.

Quando distraída eu olhava seu anel
de mais de quatrocentos anos,
ainda brilhando e falando-me
que ainda somos muitos novos
e temos a vida pela frente para sorrir,
cantar, dançar, correr, jogar damas,
falar francês, se aventurar e enlouquecer
e envelhecer e amar.

Lá pelos meus sessenta e quatro
pode ser que eu esteja caducando.
Lá pelos seus sessenta e quatro
pode ser que você esteja tocando.

La pelos sessenta e quatro...
Ainda estaremos nos amando.

(Sarah Magalhães)





terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Rascunho de amores

Há amores que me encantam tanto,
perfumam-me com sorrisos
e colorem meu caminho com canções.

Alguns não sabem o que é poesia.
Mas faço deles os meus mais belos versos.

Entre as conversas bobas
e as caminhadas sob o sol de fim de tarde,
cabem meus pensamentos voantes,
que além de me deixarem
mais nas nuvens,
fazem-me mais real...

Um beijo faz-me botar de volta os pés no chão.

Meu caminho é todo florido,
por amores que cativam-me com magia.

Nem sabem eles dessa magia
que calma abastece minha caixa de poesias.

(Sarah Magalhães)

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Quem não vai sentir saudades?

Uma poesia feita com muito carinho, para falar um pouco dessa louca fase que é o ensino médio:


Saudades das bagunças, 
de ir de pijama para o colégio,
de fazer piquenique embaixo da árvore.

Quem vai se esquecer,
de se vestir por um dia de escola
na personagem que sempre quis ser?

A gente vai lembrar para sempre de coisas bobas,
mas ao mesmo tempo tão importantes e especiais.

Quem vai querer voltar no tempo
para refazer provas e trabalhos, 
workshops, seminários,
atividades na plataforma,
montar um circuito elétrico e
resolver equações binomiais?

Quem vai querer
refazer uma semana de arte,
dar o sangue em uma gincana que exige superação,
falar da função medicamentosa de funções orgânicas em uma apresentação?

Quem vai querer, outra vez,
fantasiar-se para fazer um clipe,
descabelar-se por alguma recuperação (ou algumas)
e dar até chilique!?

Quem vai querer voltar no tempo 
para aprender o que é um trabalho "inter"?

Fazer simulados, escrever redações.
Sofrer, assistindo algumas aulas dos plantões.

Fazer gráficos, calcular probabilidades,
ouvir histórias, chorar de vontade de sair da escola
(e para isso, usar de artifícios indevidos na hora da prova),
jogar queimada na educação física, 
quase levar um choque no trabalho de física...

Fazer da sala de aula, um novo país,
encarar o desafio de uma turma, ser uma Nação.
Transformar aquela pálida sala cheia de cadeiras
em um pedaço da Inglaterra, ou da Espanha,
ou num cantinho da Austrália, que dê para cozinhar.

Quem vai querer voltar no tempo para refazer tudo isso?
Nem sei. Nem a gente volta.

Mas cada momento desses, vira lembrança.
Cada sorriso, lágrima, arrepio, alívio...
Cada manhã de escola, vira lembrança.

E cada lembrança é uma fotografia
daquelas, que a gente guarda no coração.

Quem não vai sentir saudades desse terceirão?

Com carinho, Sarinha


domingo, 10 de novembro de 2013

Novembro

Sem versos e rimas e poemas,
mas peço, paciência, porque férias
até a poesia tem.

As páginas meio empoeiradas 
do Caderno Descolorido
estão até bem coloridinhas
com histórias engraçadinhas...

Folheie aí, até dezembro...

Dezembro chega logo,
com mais versos e rimas e poemas...

Não esqueça o Caderno num canto qualquer,
porque férias, até a poesia quer.


Rsrsrs...

Com carinho, Sarinha.

domingo, 20 de outubro de 2013

Vício em verso


Todo mundo tem um vício,

mesmo que não saiba.

Tenho vício por sorrisos
e os encaixo nos meus versos,
mesmo que não caiba.



(Sarah Magalhães)

terça-feira, 8 de outubro de 2013

O beijo do palhaço

Estava ali assistindo ao espetáculo,
junto a alguns amigos do karate,
mas o sol me incomodava
e sob uma árvore fui me esconder...

Para que?

A palhacinha não me encontrou!?
E fui parar no picadeiro:
as crianças, vovozinhas, celulares 
e cachorros me olhavam o tempo inteiro.

Que vergonha, nem deu tempo de arrumar o cabelo...

Conversa pra cá,
conversa pra lá...
Eu um pouco agoniada...

Quando vou me despedir
surpreendo-me 
com uma palhaçada, estalada.

Ai, que vergonha. 

Voltei para a minha sombra
em meio a várias risadas
e com as bochechas coradas.

(Sarah Magalhães)


Poesia inspirada no espetáculo dos palhacinhos Aipim e Macaxeira, em uma apresentação de "Dia das Crianças" no Guará. Espero que tenham gostado dos versos tanto quanto gostei das palhaçadas. Se não tiver assistido ao vivo e quiser dar umas risadas... Eis o vídeo: 

Por quê?
 Macaxeira, eu e Aipim em uma praça guaraense.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Bamboleando

Bambolear é arte,
é um jeito da criança de brincar,
é molejo e jogo de cintura,
é fazer o mundo girar...

Bambolear é alegria, é cor, é vida
e inspiração para poesia.

Quando se trocam sorrisos espontâneos 
entre tios e sobrinhos, avôs e netinhos,
entre filhos e pais...

Usando a criatividade
ao cortar
mangueiras e mangueiras 
para bambolear.

Preenchendo com arroz ou feijão
o bambolê que é meio leve.

Parando na hora do almoço
para o arroz com feijão que a mamãe serve,
a gente sente o quanto vale a infância.

Com as crianças que vivem na gente,
aprendemos que às vezes
bambolês significam muito mais
que um cheque de dinheiro,
vídeo-games ou roupas de marca.
Bamboleando a gente lembra
que uma parte da gente ficou na infância
e que não precisa continuar lá...

Então, por que não, sairmos ao quintal para bambolear?

(Sarah Magalhães)





 




Fotografia: Evandro Júnior

domingo, 6 de outubro de 2013

Doce ler

Sonhamos acordadas em devorar nuvens...
Só por conta da tola imaginação.

Mente de criança é muito louca,
acredita em batatinhas espalhadas pelo chão,
acredita em bicho papão no guarda-roupa,
acredita em tudo o que a gente conta...

Sonhamos em caminhar nas nuvens, descalças,
sentindo a fofura do algodão.
Sonhamos em descansar sentadas lá no céu,
aproveitando a doçura da nuvem de imaginação.

Crescemos sonhando em devorar nuvens,
alcançar as estrelas, comer um teco do queijo lá do céu!

Crescemos apenas em tamanho,
a mente, tola como de criança,
ainda está passeando pelo céu,
entre as nuvens e as linhas desse papel.

(Sarah Magalhães)

Deixo aqui em itálico, meu muito obrigada, Lele, pela inspiração <3


Fotografia: Evandro Júnior

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Instantes da vida

Eu caminhei uns dez minutos
entre praças ensolaradas.
Sentei num banco sob a árvore
para descansar a alma.

O céu ainda era azul
e a minha blusa cor-de-rosa.

Meu pensamento voava distante...

Em um instante
um pássaro
em mim
descartou
sua bosta.

O céu ainda era azul
e minha blusa não mais cor-de-rosa.

(Sarah Magalhães)

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A gente sabe o que é amizade?

A gente conta pra amiga em segredo
que beijou aquele boy magia no banheiro...

A gente divide o lanche no intervalo
e ainda divide o chiclete ao meio de sobremesa...
Às vezes todo babado.

A gente xinga também,
porque afinal, somos humanas
e somos amigas... É assim.

Se xinga de vaca, fica indignada,
não entende nada...
No final se abraça.

O abraço sela essa amizade tão maluca.

Toda a amizade tem as suas maluquices.

Algumas mais que outras... Rsrs

E isso não foi ninguém que me disse,
eu mesma percebi, vendo a gente crescer:
ora próximas, ora distantes...

A gente marca então de se reencontrar,
colocar o papo em dia, descontrair...
Aproveitar o dia...
Tudo bem, 16hs a gente se encontra lá!

E nos encontramos,
sem muito papo,
de blusa, colete, colar,
bolsa, calça jeans
e calçado, tudo igualzinho!
Um perfeito par
descombinado.

Acontece...
Parecendo gêmeas
infinitamente diferentes,
somos amigas...
Disso a gente entende.

(Sarah Magalhães)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Conquistando flores

Essa história de conquistar...
Quem foi que inventou?

O homem sempre tem que roubar o coração da amada?
Se ela toma a iniciativa, passa por ''atirada''...

Conquistar...
Apaixonar...
Encantar...
Amar...

Rimar?

Não sei qual o segredo da conquista,
mas conto para vocês, como mulher,
que uma rosa vermelha rouba (se não o coração)
um sorriso sincero, onde se estiver...

(Sarah Magalhães)









Essa foi uma poesia dedicada ao Nicholas, que conquistou em um instante todas as meninas ao seu redor, com rosas vermelhas, sorriso sincero e espontâneo amor!
Obrigada!



segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Praça do Índio

Fruto de muito estudo e pesquisas realizadas no decorrer da 5ª Olimpíada Nacional em História do Brasil, os textos a seguir foram produzidos com o objetivo de compartilhar um pouco do que é a Praça do Compromisso e qual a sua importância histórico-cultural para Brasília.
Obrigada Giulia Bacarin, Larissa Gali e Rafael Borges por entrarem na onda e serem uma equipe tão fantástica! E obrigada papai e Juninho por me ajudarem com as fotografias!
Ah, é claro que esse trabalho também rendeu uma poesia! Rsrsrs Espero que gostem!

            O Distrito Federal abriga desde pequenas pracinhas entre as quadras residenciais até a grandiosa Praça dos Três Poderes, que abriga os poderes supremos da República.
         Porém, muitas vezes distante dos olhares da população - na Asa Sul da cidade-avião, entre as quadras 703 e 704 - encontra-se a Praça do Compromisso, também conhecida como Praça do Índio.
          Inaugurada em memória ao assassinato do índio pataxó hãhãhãe Galdino Jesus dos Santos, a praça guarda duas esculturas criadas gratuitamente pelo artista Simon Franco, os monumentos representam uma pessoa sendo queimada e uma pomba.
          As obras, localizadas no centro da praça, remetem ao índio que foi queimado vivo por cinco rapazes de classe média de Brasília enquanto dormia na parada de ônibus na madrugada do dia 19 para 20 de abril de 1997.
          Símbolo do fim do isolamento temporal do fato, a praça imortaliza o apelo por paz e respeito.


          Entre os traços brasilienses e as curvas formadas entre a arquitetura e o pôr-do-sol, entre as pontes dispostas sobre o lago Paranoá, as torres de televisão, Praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios, Memorial JK, Panteão... Entre os maiores monumentos da capital, encontram-se importantes peças formadoras da identidade cultural candanga. E entre as quadras 703 e 704 da Asa Sul, na simples Praça do Compromisso, há pequenos monumentos com gigante significância histórico-cultural e ainda muito desconhecidos pela população nacional.
          As esculturas que representam uma pessoa em chamas e uma pomba, localizadas no centro da Praça do Compromisso e criadas pelo renomado artista goiano Siron Franco, simbolizam um evento histórico que estampou manchetes de jornais em abril de 1997: o assassinato do índio pataxó hãhãhãe Galdino Jesus dos Santos.
          O índio Galdino foi queimado vivo por cinco rapazes de classe média de Brasília enquanto dormia em uma parada de ônibus da Asa Sul. Os rapazes fugiram e Galdino morreu horas depois com 95% de seu corpo queimado. Um chaveiro que passava pelo local no momento do crime anotou a placa do carro no qual os rapazes fugiram após atearem fogo no índio de 44 anos.
          No dia anterior ao incidente, 19 de abril - Dia do Índio, Galdino chegou a Brasília para participar de congressos em reivindicação à terra indígena Caramuru-Paraguaçu que estava em conflito fundiário com fazendeiros no sul da Bahia. Ao final do dia 19, não pode entrar na pensão em que estava hospedado e procurou no banco da parada de ônibus um abrigo para passar a noite. O motivo do assassinato tornou-se questionamento nacional, levantando-se hipóteses quanto a intransigência com o diferente, a violência banalizada e quanto ao respeito a dignidade indígena.
          Popularmente conhecida como Praça do Índio, a praça carrega esculturas que representam o fim do isolamento temporal do assassinato de Galdino e mantém vivo o compromisso de respeito as diferenças.



Leia a poesia Sobre o valor da vida, também fruto desse trabalho! (:
Com carinho, Sarah Magalhães.


domingo, 22 de setembro de 2013

Sobre o valor da vida

Faz algum tempo...

Que na parada de ônibus,
Galdino viu sua vida,
como fogo, se apagar...

Fechou seu olhar de desespero para o mundo...
Silenciou.
E para a história de Brasília entrou.

Já faz uma vida desde que que isso aconteceu...
Um ano depois que nasci.

Sinistro, esse fato ainda me faz refletir 
sobre o valor que Galdino recebeu...

Muito se repercutiu na época... 
Sobre índios, mendigos... Minorias...

Triste isso,
porque
para mim
toda forma
de vida
valia...

Besteira é querermos taxar tudo,
até o valor da vida...
Triste, feliz, branco, preto, azul... 
Rico, pobre, cristão, judeu...
Anão, alto, gordo, magro,
gay, lésbica, criança, adulto...

Todos tem um coração pulsante,
prontos para serem quem são:
independente de cor, classe social,
gosto musical, orientação sexual,
etnia, tipo físico, cor preferida, religião...

Independente de estarem dormindo confortáveis em suas casas
ou ao relento, em uma parada de ônibus, em um canto no chão...

Independente disso tudo, todos temos um valioso coração.

(Sarah Magalhães)



sábado, 21 de setembro de 2013

Sobre amor ou álcool

Construí ontem
um edifício de palavras...
Com todos os elogios
e descaramentos que me falou...

Você sorria entre as frases,
depois bebia um conhaque
e ainda falava de amor.

Eu nem sei bem,
o que é realmente amar...
Amar um amor fervoroso,
deixar-se apaixonar e sentir
se surpresa, um frio na barriga
e o coração palpitar.

Eu sei que ouvir você bêbado
falando besteiras
foi divertido...

Não apaixonei-me, ainda bem...
Mas por algumas horas
de conversa fiada,
me senti querida...

Talvez apenas uma paixão fantasiada...
Ou melhor, embebedada.

Depois fui eu quem bebi
e acordei, meio tonta,
sem ver você e sem sentir...
amor.

(Sarah Magalhães)

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Brasília


Oi
Eu no mirante da Torre de TV, ao fundo o pôr-do-sol e ao lado
um pedaço da Renata,  uma brasiliense-paulista que conhecemos
pelo caminho rs
    Um dia desses saí com minha amiga Maria Vitória, que é de Sertãozinho-SP, para tentarmos gravar uma vídeo-poesia e aproveitar para tirarmos várias fotos nesse tempinho de férias que ela passou aqui (em Brasília-DF) . Foi muito bom ter alguém louca o suficiente para pilhar minha ideia e paciente o suficiente para me filmar, muito obrigada Maria! <3
    O resultado foram as fotos que vou postar logo abaixo, muitas gargalhadas e aventuras, muitas conversas, pés doloridos ao final do dia e é claro, a tal vídeo-poesia...
    "Poesia em forma de Brasília" vocês podem já conhecer, mas com essas fotografias, vale a pena rever (:

 

 
Veja mais fotos na Página no Facebook.




Poesia em forma de Brasília em vídeo...


Eu e a flor que gravou tudo e não apareceu no vídeo

Meu muito obrigada a Maria por animar e filmar, ao Evandro Júnior, que me emprestou a câmera e a Paula Évelyn por me ajudar com as musiquinhas de fundo! <3 E é claro, mamãe, obrigada por aguentar todos os meus "Assim tá bom?" Rsrsrs :3



Espero que todos tenham gostado desse trabalho pelas curvas brasilienses!
Com muito carinho,
Sarinha.

sábado, 13 de julho de 2013

O amor de Lara

Era uma vez uma história de amor...

Uma história platônica,
entre uma menina e um jogador.

Lara é o nome dela,
atleta, loira, encantadora e bela.
Ainda no ensino médio,
mas com a mente lá no futuro.

Estuda loucamente
e na capa do caderno
tem o jogador Bruno.

Sabe essas paixões platônicas?
Aham... Bem assim.

A menina se derretia
de amores todos os dias.

Até que então, aqui em Brasília
foi assistir ao jogo da seleção...

Eu não fui, não sei como foi,
mas Larinha deve ter ficado rouca
de tanto gritar e torcer pelo seu amado.

Seu e de tantas outras,
sabemos nós.

Muito bem, que legal!
O Brasil ganhou, sensacional!

Melhor que isso
foi o presente que Lara recebeu...

Encontrou enfim o amor da sua vida
e esse momento eternizou-se
na sua foto mais querida.

Um presente para Lara,
com muito carinho, Sarinha. 



  


sexta-feira, 5 de julho de 2013

Feijoada Beneficente


Oi minha gente!
Hoje vim aqui convidar
todo mundo para participar
de uma feijoada beneficente.

Esperem que eu vou explicar...

Eu treino karate já faz um tempão
e uma equipe da minha academia
está arrecadando dinheiro 
para poder viajar para o Japão.

Domingo agora, dia 7,
vocês não podem perder,
vai rolar a feijoada
da equipe mais linda de karate!

Eu sou suspeita para falar,
mas com certeza 
com esse almoço 
você vai se deliciar!
Rsrs..

O convite custa 20 reais,
pode comprar comigo agora 
ou na entrada, tanto faz!

Para os guaraenses de plantão
é só chegarem ao CAVE
e já vão ver uma faixa de indicação.
A feijoada é no CCI,
que fica entre o Ginásio 
e a Casa da Cultura.

Espero vocês por lá, com convites,
feijoada, música, poesia e ternura! <3

Com carinho,
Sarinha.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Trauma musical

Um dia cantei
palavras que detestava
e odiei compositores
que minha professora de canto adorava...

Um dia saí do coral,
pude então sorrir e ser livre
para ouvir o que quiser
ou admirar um silêncio qualquer.

Pude então me encantar
com os sons e vozes brasileiras,
acompanhadas de bandolins e brincadeiras.

Eu aprendi que os compositores
que um dia detestei...
Na verdade não são culpados da minha frustração,
o detalhe é que sou feita para ouvi-los com a alma e coração.

Sem cantar...
A não ser no chuveiro.

Sem me descabelar,
por ter aula de coral o ano inteiro.

Um dos meus grandes traumas musicais,
entre arranjos perturbantes de Tim Maia,
jangadas viajantes de Caymmi e tantos outros mais
é o inquietante Fome Come...

Mas toda palavra cantada,
tem seu brilho, sua graça...

Depois de uma época em que o verbo "cantar" me deixava apavorada,
aprendi que ouvir as músicas sob a sombra de uma árvore,
lendo um bom livro, sem precisar fazer aquecimento vocal...
Beliscando algum aperitivo, sonhando com um tempo amigo,
pode fazer qualquer música ficar mais legal.

As melodias deixam de ser o barulho do passado,
para tornarem-se lembrança de algum momento engraçado.

(Sarah Magalhães)

Quero saber quem conhece essa aqui! 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Manifestando-me

Mil e poucos anos atrás contei que a poesia "Amoresia" foi classificada em um concurso literário para a publicação em uma antologia poética... A verdade é que o livro já chegou aqui em casa tem um tempinho, mas agora vou contar como se fosse novidade! rsrsrs

Amoresia está na página 294 da Antologia Poética - Prêmio Poesia Livre 2013, publicada pela editora Vivara. O livro é uma colcha de retalhos de vó sabe!? Retalhos de poetas de cada canto do Brasil reunidos em uma obra só, uma história nova a cada página, um jeito novo de ler a cada verso. Achei um charme só! <3
Você pode ler a poesia clicando AQUI (:

Quando a caixa do correio chegou com os livros, abri um pouco ansiosa, um pouco cansada de esperar, um pouco com medo da capa ser feia, um pouco querendo rasgar o embrulho como criança... Abri a caixa um pouco e dei um sorriso! Os livros gracinhas vermelhos e cheirosos (sim, cheirei os livros, é claro!) estavam enfim nas minhas mãos. Eu era uma menina cheia de bonecas de pano no colo... haha
Uma poesia sob um olhar poético e observador da vida:

Manifestando-me

Depois de uns dias de descanso,
do corpo e da alma.
Sem tempo para digitar o que rabisco no papel,
demorei mas voltei.
E voltei vendo tanta coisa mudar,
gente saindo para manifestar...

A televisão,
outrora formadora de opinião,
precisando se adaptar
ao que os jovens agora
resolveram gritar...

A internet.
por alguns ainda menosprezada,
ganhou tamanha força e poder
que nem por mim
nem por você
poderá
ser
ignorada.

Manifestação.

Mas, manifestação?

Mais manifestação.

Manifestação
artística
social
política
cultural
sentimental
e o escambau

É preciso mais manifestações!
De preferência diárias!

Manifestemos
os sonhos
as opiniões
manifestemos
nossos corações
revoltados ou
por que não,
apaixonados?

Falta mesmo essa onda de manifestação na vida.
Falta um pouco de consciência
para gritar e ser ouvida.

Porque manifestação
não é só gritar.

Manifestação
é antes de falar
ter consciência
e conhecimento
para transmitir
o que quer
que se queira manifestar.

Manifestar é a força da expressão.

Manifestação pode ser desenhada
em um quebra-cabeça de palavras
chamado poesia.

Eu, querendo ser poeta,
manifestei sonhos,
flores e cores
nos últimos dias...

(Sarah Magalhães)

p.s.: A poesia acima não é Amoresia e não foi publicada no livrinho vermelho.rsrs


hehehe