quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Mimo de vaquinha!


Mimo feito com a ajuda da minha mãe linda e da Luzia, do Liquidificador cor-de-rosa.
O chaveirinho de vaquinha foi capricho da Lu, o caderno com marcador de página imitando o rabinho da vaca eu e mamãe fizemos e os marcadores de página já são velhos companheiros do Caderno Descolorido com alguns versos de poesias minhas.
Esse kit fofo de vaquinha não foi montado a toa...
Esse é o meu último ano no ensino médio aeêe! e para ajudar na arrecadação de caixa para a formatura, eu e o pessoal lá da escola estamos pensando em coisas geniais como vender bolos, brigadeiros e fazer rifas rsrs e então, adivinhem!?
Esse kit será o prêmio da nossa primeira rifa, com sorteio marcado para o dia 20 de março, vendida a 1 real por mim e pelo povo, que vocês provavelmente não conhecem...
Então, espero que tenham gostado dessa fofura! (:
*E se você tiver interesse em um bilhete de rifa, fala comigo pelo Facebook ou pelo email cadernonegro.contato@gmail.com (:

Com carinho, Sarinha.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Rodolfo

Na rua agora
latido de um lado
latido de outro...

"Cachorros, calados!"
Gritou seu Rodolfo.

Latidos pela rua...

Hoje é noite de lua cheia seu Rodolfo,
gritos de nada irão adiantar.
Deixe os bichinhos saudarem a noite
e a sua dama espetacular.

Parece que o luar fica maior nessa imensidão de uivos.
Pensou seu Rodolfo, em seu mais silencioso suspiro antes de dormir.

(Sarah Magalhães)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O sonho do pijama

Quem nunca teve um sonho
em que estava na escola de pijama?

Andava pelo corredor,
entrava na sala de aula
e só percebia o que vestia
depois que a turma inteira olhava,
apontava e depois ria...

E quem disse que se pode correr?
Faça o esforço que for,
mas nesse sonho
você não vai se mexer!

Pânico? Sono? Cadê o travesseiro?

Quem me dera antes de entrar na sala
tivesse passado no banheiro,
assim teria me olhado no espelho...

Não adianta mais.

Quem nunca teve um sonho
em que estava na escola de pijama?

Mas com o sol tímido nascendo
acordou e percebeu que durante o tempo inteiro
estivera roncando na cama e nada demais aconteceu.

É cada coisa!

(Sarah Magalhães)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Diva

Diva, linda demais,
sai de casa de madrugada
cedo demais para um banho de água fria.

Mas vai trabalhar com satisfação
sempre transmite a quem está perto
um sentimento de alegria.

É um bom dia no ponto de ônibus,
que faz diferença no dia do desconhecido.

Diva, leva duas horas para chegar ao trabalho.
Enquanto o tempo passa, vai pensando em seu pequeno filho
que até pouco tempo, ainda brincava com chocalho.

Chegou o ponto de descer!
Espreme pra cá,
empurra pra lá!
Com um jeitinho
Diva consegue se desvencilhar
do aglomerado de gente trabalhadora...

Desce rápido do busão,
para chegar na casa da patroa
sem atraso nem reclamação.

Toca a campainha.

Nada.

A patroa dormiu fora e ainda não voltou,
como faz?

Ser Diva não é fácil.

(Sarah Magalhães)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Hoje não é poesia...

Sempre venho rabiscar poesias no Caderno Descolorido, mas hoje vou mostrar o prêmio que ganhei no sorteio de final de ano do blog Menina Chique Chique da Leane... Chegaram aqui em casa dois pincéis e uma base para sombra da Mary Kay, assim que chegou já experimentei e amei!


*Obrigada Menina Chique Chique! :3

Então é isso minha gente! Só uma novidade para descontrair um pouco e colorir esse caderninho recheado de versos e cores tímidas.

Com carinho, Sarinha.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Anjo-sereia

Caiu
na areia.

Não conseguia
andar.

Anjo-sereia,
devia estar
no mar.

Seria empanada,
que delícia!

Logo chegam
os pescadores
para lhe devorar.

Suas últimas
palavras
foram
um canto
encantador.

Pelos quatro
cantos do mundo
ouviu-se os gemidos
da sereia, de dor...

Anjo-sereia
caiu
cantou
machucou
calou.

(Sarah Magalhães)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Uma aquarela especial


Vovó e vovô pintaram
o começo de uma linda família,
seus filhos logo continuaram
com uma aquarela de pestinhas
crianças lindas e sadias.

As tardes de sol se estendiam
entre brincadeiras e lambanças
embaixo do pé de chuchu...

Procurando joaninhas,
correndo de maribondos
e caçando pobrezinhos tatus...

Alguns bichinhos com certeza sofreram
como as joaninhas sem asas e as minhocas
esquecidas num pseudo-formigueiro.

O quintal da casa da vó,
num fim de semana virava fantasia...

Caixas velhas de garrafas, viravam os tijolos de uma fortaleza
aonde as crianças se escondiam na hora do almoço,
para não perder um minuto de alegria e brincadeira.

O pé de acerola era uma parte sensacional...
As frutinhas já vermelhas viravam o suco do nosso banquete,
já as ainda verdes... hahaha
eram o instrumento para o concurso de caretas real!

Nos intervalos das brincadeiras,
entre giros e bonecas,
entre corridas e bicicletas...
Havia espaço para um docinho,
feito pela vó Dinha com muito carinho.

Um pequeno pedaço de tijolo vermelho
virava um pincel mágico no chão,
pintando o asfalto cinza em uma cidade fantástica
com estradas para skates, bicicletas, patins e velotrols,
desde que seus condutores fossem crianças
e não ultrapassassem o limite do portão da vovó.

Alguma hora alguém caía... e começava a choradeira,
logo o clima se esvaia, fazendo parar a brincadeira...
Então todos entravam para a sala de estar,
consolar o coleguinha e esperar a vó Tuta preparar um chá...

Mas que chá abençoado!
Para o cansaço daquele dia,
era a melhor solução!
Melhor do que uma tal "Marcelinha"
que só de ouvir o nome, todo mundo corria!

A "Marcelinha" provocava mais caretas do que as acerolas verdinhas,
a diferença é que dela, nenhuma criança queria.

Nunca vi fim de semana tão longo, como esse que tento descrever!
Deve ser porque o tempo das crianças é outro, que acreditem, só tende a crescer...

Com muito carinho, Sarinha.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Doce Julia

Queria que chovesse gelatina
por isso todo dia, pedia para a mãe...

Queria que o céu fosse cor de rosa
e todo dia perguntava ao tio,
por que o céu é azul...

Júlia, todo dia perguntava
e todas as noites sonhava.

Um dia encucou que choveria jujuba
e que a terra seria chocolate em pó...

Foi dormir
mas
no meio
da noite
acordou!

Chorava sem parar
e sua mãe foi lhe ninar:

Mas Jú, porque esse choro?
Tenha calma, foi só um sonho...

A menina voltou a dormir.

Mal sabia sua mãe,
do pesadelo que Júlia acabara de assistir:

Choviam muitas jujubas açucaradas e coloridas,
a terra já não era suja, mas chocolate para sua barriga!
Mas em meio aquele doce mundo fantástico...
Surgiam formigas, ratos e baratas famintas,
atacando o que era mágico e devorando o sonho
da pequena Julinha.

Jú nunca mais comeu jujubas açucaradas.

(Sarah Magalhães)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

João

Aproveitou o carnaval
para reencontrar Cecília...

Mudo, João passou toda a folia,
lendo versos e mais versos
da sua querida poetisa.

Nesse carnaval,
João se apaixonou
por Cecília Meireles

e com ela cantou,
sorriu contente
e chorou docemente.

Pena que o carnaval
chegou ao fim
e agora João
trabalha muito,
sem tempo nem
pra um verso
bem pequenino
assim:

Era paixão de carnaval,
tudo igual!

(Sarah Magalhães)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Amor de carnaval

Pulou
Cantou
Suou

E no meio
de tanta gente
diferente

Encontrou
o amor
da sua vida

Pena que
quando
foi perguntar
seu nome

O amor virou.

Despedida.

Agora
em casa
deitada
na cama
se pergunta
sem parar...

Será que ele
também me ama?

(Sarah Magalhães)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Sol...

Sol

Tem calor de saudade,
de vontade de estar junto,
mas não grudado...

Grudado não é preciso,
vai que o outro está todo suado...

A poesia ao sol

Tem o valor de um beijo guardado
e o brilho do olhar mais apaixonado.

E tem a força da lembrança,
mesmo que distante.

O sol, a poesia,
um segundo amante,
são pedras preciosas,
ora ocultas pela noite,
ora expostas para o mundo...

Ou para quem quiser enxergar.

A poesia vem e vai
da mesma forma
que o sol me distrai.

(Sarah Magalhães)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Incompreensível


Ao som de Oswaldo Montenegro, senhoras e senhores, a primeira poesia de fevereiro, que é uma homenagem a uma estrela...



Esses serão versos de saudade,
de uma verdadeira energia eterna,
de admiração, amor, carinho, amizade...

Que amor é a vida,
mesmo com surpresas,
desconsolos e despedidas.

Que amor é esse no peito,
que mora no fundo do coração dos mais fortes?

Amor, amor, amor...

Amor despertado em momentos
em que nem palavras, suspiros ou o vento,
são capazes de expressar os mais puros sentimentos...

O amor é abrigo, é abraço,
um sorriso, um papo descompromissado...
O amor cabe em um cafuné,
em um prato de sopa,
numa rosa colhida do pé...

O amor, em cada um é de um jeito.

E cada amor, dentro de nós...
é perfeito.

Que seja então a vida uma perfeição
e plante em sua despedida
mais e mais e mais e mais e mais
e mais amor no nosso coração.

(Sarah Magalhães)