quinta-feira, 31 de maio de 2012

Amor

Não acho preciso,
tanta precisão.
Quando se quer um amor,
não adianta calcular,
cronometrar...
Apenas sonhar é preciso,
para acordar derrepente
Por um lindo sorriso.

                (Carina M.)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Criança

Um dia tentei contar as estrelas,
mas não as encontrei.
Veio então minha avó e disse:
- Espere minha querida,
que logo a noite vem.

                (Sarah Matos Magalhães)

terça-feira, 29 de maio de 2012

Bom tempo

Ora, ora, ora, ora
Enquanto o vento leva embora
todas as mágoas e as angústias
O sol se abre para o amor
traz a alegria e o esplendor
de que necessitam nossos corações.

A brisa que bate na janela (de madeira)
logo cedo, ao amanhecer
Me traz um cheiro de canela
e me faz lembrar de você.

                (Sarah Matos Magalhães)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Lírios

Acordo com
uma sensação
De que há doce
por toda a casa

Procuro mas não encontro,
é uma situação que me embaraça.

Ao olhar para o lado
vejo os lírios
Que de tão belos os meus olhos brilham
e me canso de procurar,
o doce aroma
que acabei de encontrar.

                (Sarah Matos Magalhães)

domingo, 27 de maio de 2012

Poesia

      Poesia
me faz sorrir,
 faz chorar,
 faz me lembrar
 de você,
me faz sonhar,
  acordar
e te esquecer.

(Sarah Matos Magalhães)

Princesa

Mamãe e papai sempre
me ensinam a ter bons modos,
como uma princesa.
Toda a família me mima,
paparica, como uma princesa
que realmente devo ser.
Papai me proteje como um rei
proteteje a sua filha princesa
naqueles contos de fada.

Naqueles contos de fadas
que eles me contavam,
a pouco tempo atrás
Quando com histórias lindas de princesas e dragões
me ninavam
E em que tão pouco tempo eu adormecia,
apesar de relutar, lutar
contra as pálpebras
que se queriam fechar.
O escuro vencia,
e me restava esperar até o outro dia
para saber a final,
o final, feliz.

Talvez, mamãe e papai temam
que eu só acorde desta fantasia,
deste mundo de princesa
Quando com coragem e ousadia,
montado em seu cavalo branco, um príncipe
Sim, um príncipe!
Em um beijo me desperte,
e as minhas mãos aperte, guiando-me
até o altar.

Talvez seja esse o seu medo:
perder a linda princesinha, que criaram
juntos, e transformaram em
uma daminha, linda.

Talvez, porém,
o medo parta de outro lado.
A princesa
não quer crescer,
nem do seu castelo descer,
dos seus pais não quer largar,
e do príncipe, quer escapar.
Ela quer para sempre
viver, nesse mundo
de reis e rainhas,
fadas madrinhas...
Sempre ao lado de papai e mamãe,
sem nem pensar na obrigação
de futura rainha ser,
na obrigação de crescer
e um dia, seu próprio reino ter.
               
                (Sarah Matos Magalhães)

Por acaso, um caso

Em busca de especiarias,
Confrontando os perigos do mar
Saíram, portugueses dispostos a navegar
Por mares sombrios, tenebrosos,
com sereias e monstros assombrosos
a espera de marujos para enfeitiçar
e devorar

Não por acaso os marujos partiram
Mas como forma de coragem é que de lá sumiram

Voltaram muitos com histórias para contar,
outros porém, na lembrança vão ficar

Nesta rota, tão distante,
tão distinta de outros casos
Encontraram novas terras
no caminho, por acaso?

                (Sarah Matos Magalhães)

A primeira linha escrita

Para começar vou tentar explicar o título do blog.
Eu já tive vários caderninhos que usei para fazer anotações, desenhos, rabiscos, copiar músicas e poesias... Depois de tanto copiar, comecei criar meus próprios textos, inventar minhas próprias artes, e para isso fui precisando de novos caderninhos. Nesse meio tempo, passaram pela minha mão um caderninho rosa, azul, verde, marrom, roxo e agora estou rabiscando em um preto, o qual chamo carinhosamente de Caderno Negro. 
A minha intenção é passar para o blog as poesias que tenho dos caderninhos, em especial do caderno preto que é o mais recente, de uma forma que o blog transmita a simplicidade e aconchego dos cadernos de papel.
Acabei me esquecendo de explicar o título do blog... é que como não possui capa, como os cadernos de papel, não vou poder chamá-lo pela cor da capa, então gostei desse título, acho que soou bem "Caderno Descolorido"...


Espero que as palavras possam colorir esse caderno ainda descolorido.


Com carinho, Sarah.