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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Os vãos cotidianos

Há um vão enorme e minúsculo,
abandonado, excluso, 
ou apenas vão...
Para aonde as boas ideias

muitas vezes se vão.


Entre portas e paredes.
Entre meias e sapatos.
Entre um azulejo e outro.
Entre o portão azul e o vizinho.
Entre o carro e o asfalto.
Entre a melodia e o refrão.
Entre a água e a torneira.


Entre as coisas do dia-a-dia
cabem segredos, mistérios,
besteiras, poesias,
ou apenas poeira.


Nos cantinhos abandonados 
dos nossos dias
cabem também desejos
já largados e desacreditados,
mas ainda desejados.



Entre a razão e o sentimento,
nesse tênue vão,
que entre a sabedoria para guiar
no momento de uma importante decisão.


Para que o pobre indivíduo
não fique preso
entre o pensamento e a ação.



(Sarah Magalhães)