segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Cabelos ao vento

Cachos cacheiam
a cada vento que passeia
pela vida vazia

daquela guria...

Dia de sol e nuvens
colorindo o céu.


Dia de crianças aprenderem

a fazer barquinho de papel.

Dia de ir tomar sorvete

e perguntar se seu irmão acredita:
em coelhinho da páscoa,
fadas, duendes e papai noel. 

Dia de olhar para dentro d'alma da gente 

para procurar o que é que a gente realmente sente...

Se é que sente.


Mas tem gente que sente

amor, paixão, alegria, tristeza, vazios...
tem de tudo.


A guria que passeia no começo da poesia

só sente o vento embaraçando seu cabelo cacheado
e o tempo se fechando, pro seu penteado ser todo arruinado.

Sinto muito por ela.

Quem dera eu tivesse
no início desses versos tortos, 

lhe desenhado uma umbrella.

Mas aí não seria ela.


(Sarah Magalhães)

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