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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Aspas para poesia

e asas para o coração!

Meu coração se aquece nesse frio brasiliense
quando penso em você, ao tomar um café quente.

Eu te amo, em segredo,
mas amo assim sem medo
sem sonhar feliz para sempre
sem desesperar.

Eu leio Quintana e Drummond.
Apaixonadamente.
O meu cabelo desajeitado pelo vento
tenta aquecer as orelhas que congelam.

A fumaça perfumada do café
aquece meu nariz já vermelho.
Eu penso. Pisco. Franzo a testa.
Suspiro. Assopro o vento.

Volto aos versos, em busca de um alento,
talvez, que amorne meu coração.

Tão gélido.

Sarah Magalhães

Ao fundo a porta do meu quarto, no papel meus rabiscos poetizados.