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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Caminho de sempre

No caminho para o estágio,
a casa da vó, o colégio ou o trabalho,
mesmo nessa dura rotina
com o ônibus chacoalhando
para baixo e para cima...

É quando devemos prestar mais atenção
ao brilho do sol e às cores da vida,
pois podemos encontrar uma velha paixão
em qualquer parada da avenida.

Os caminhos feitos sempre por a gente sem pensar
podem em uma bela surpresa se transformar...

Na cadeira ao seu lado, ensolarada e esquecida,
logo pode se sentar o grande amor da sua vida.

(Sarah Magalhães)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Praça do Índio

Fruto de muito estudo e pesquisas realizadas no decorrer da 5ª Olimpíada Nacional em História do Brasil, os textos a seguir foram produzidos com o objetivo de compartilhar um pouco do que é a Praça do Compromisso e qual a sua importância histórico-cultural para Brasília.
Obrigada Giulia Bacarin, Larissa Gali e Rafael Borges por entrarem na onda e serem uma equipe tão fantástica! E obrigada papai e Juninho por me ajudarem com as fotografias!
Ah, é claro que esse trabalho também rendeu uma poesia! Rsrsrs Espero que gostem!

            O Distrito Federal abriga desde pequenas pracinhas entre as quadras residenciais até a grandiosa Praça dos Três Poderes, que abriga os poderes supremos da República.
         Porém, muitas vezes distante dos olhares da população - na Asa Sul da cidade-avião, entre as quadras 703 e 704 - encontra-se a Praça do Compromisso, também conhecida como Praça do Índio.
          Inaugurada em memória ao assassinato do índio pataxó hãhãhãe Galdino Jesus dos Santos, a praça guarda duas esculturas criadas gratuitamente pelo artista Simon Franco, os monumentos representam uma pessoa sendo queimada e uma pomba.
          As obras, localizadas no centro da praça, remetem ao índio que foi queimado vivo por cinco rapazes de classe média de Brasília enquanto dormia na parada de ônibus na madrugada do dia 19 para 20 de abril de 1997.
          Símbolo do fim do isolamento temporal do fato, a praça imortaliza o apelo por paz e respeito.


          Entre os traços brasilienses e as curvas formadas entre a arquitetura e o pôr-do-sol, entre as pontes dispostas sobre o lago Paranoá, as torres de televisão, Praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios, Memorial JK, Panteão... Entre os maiores monumentos da capital, encontram-se importantes peças formadoras da identidade cultural candanga. E entre as quadras 703 e 704 da Asa Sul, na simples Praça do Compromisso, há pequenos monumentos com gigante significância histórico-cultural e ainda muito desconhecidos pela população nacional.
          As esculturas que representam uma pessoa em chamas e uma pomba, localizadas no centro da Praça do Compromisso e criadas pelo renomado artista goiano Siron Franco, simbolizam um evento histórico que estampou manchetes de jornais em abril de 1997: o assassinato do índio pataxó hãhãhãe Galdino Jesus dos Santos.
          O índio Galdino foi queimado vivo por cinco rapazes de classe média de Brasília enquanto dormia em uma parada de ônibus da Asa Sul. Os rapazes fugiram e Galdino morreu horas depois com 95% de seu corpo queimado. Um chaveiro que passava pelo local no momento do crime anotou a placa do carro no qual os rapazes fugiram após atearem fogo no índio de 44 anos.
          No dia anterior ao incidente, 19 de abril - Dia do Índio, Galdino chegou a Brasília para participar de congressos em reivindicação à terra indígena Caramuru-Paraguaçu que estava em conflito fundiário com fazendeiros no sul da Bahia. Ao final do dia 19, não pode entrar na pensão em que estava hospedado e procurou no banco da parada de ônibus um abrigo para passar a noite. O motivo do assassinato tornou-se questionamento nacional, levantando-se hipóteses quanto a intransigência com o diferente, a violência banalizada e quanto ao respeito a dignidade indígena.
          Popularmente conhecida como Praça do Índio, a praça carrega esculturas que representam o fim do isolamento temporal do assassinato de Galdino e mantém vivo o compromisso de respeito as diferenças.



Leia a poesia Sobre o valor da vida, também fruto desse trabalho! (:
Com carinho, Sarah Magalhães.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Diva

Diva, linda demais,
sai de casa de madrugada
cedo demais para um banho de água fria.

Mas vai trabalhar com satisfação
sempre transmite a quem está perto
um sentimento de alegria.

É um bom dia no ponto de ônibus,
que faz diferença no dia do desconhecido.

Diva, leva duas horas para chegar ao trabalho.
Enquanto o tempo passa, vai pensando em seu pequeno filho
que até pouco tempo, ainda brincava com chocalho.

Chegou o ponto de descer!
Espreme pra cá,
empurra pra lá!
Com um jeitinho
Diva consegue se desvencilhar
do aglomerado de gente trabalhadora...

Desce rápido do busão,
para chegar na casa da patroa
sem atraso nem reclamação.

Toca a campainha.

Nada.

A patroa dormiu fora e ainda não voltou,
como faz?

Ser Diva não é fácil.

(Sarah Magalhães)