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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Poema-diário

Querido poema,
hoje foi um daqueles dias ás avessas.

Até já era de se esperar,
dada toda essa calmaria da minha vida.

Mas é curioso como quando algo começa a dar errado...
Parece efeito dominó.

Também não estou escrevendo um poema vitimista,
não quero despertar em você pena ou dó.

Inclusive, hoje, ninguém vomitou em mim!
Este é um fato importante, dado o meu último dia ruim*.

Enfim...

Querido poema,
hoje acordei atrasada
para a aula das 8 horas.

O meu percurso seria
de casa à universidade.

Perdi o horário do ônibus.
Perdi a carona até o metrô.
Perdi minha caneta preferida
e também meu carregador.

Perdi quase a esperança de um dia bonito.

Ah! Perdi também a impressão do trabalho que teria que entregar...

Tudo perdido.

Quase tudo perdido.

O dia foi ruim, de qualquer forma.

Todos os meus compromissos
realizei meio tortos,
quase pela metade...

E consegui chegar ao final do dia:
metade de mim cansada e a outa metade vazia.

Mas alguns versos surgiram já quando o dia se apagou,
acompanhados de um café, um capuccino e algumas risadas.

Não há nada melhor do que um dia ruim que se acaba
bem.

Sarah Magalhães

*Nota: ver poema Era uma vez, no 110.

Café e Capuccino.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Caminho de sempre

No caminho para o estágio,
a casa da vó, o colégio ou o trabalho,
mesmo nessa dura rotina
com o ônibus chacoalhando
para baixo e para cima...

É quando devemos prestar mais atenção
ao brilho do sol e às cores da vida,
pois podemos encontrar uma velha paixão
em qualquer parada da avenida.

Os caminhos feitos sempre por a gente sem pensar
podem em uma bela surpresa se transformar...

Na cadeira ao seu lado, ensolarada e esquecida,
logo pode se sentar o grande amor da sua vida.

(Sarah Magalhães)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Diva

Diva, linda demais,
sai de casa de madrugada
cedo demais para um banho de água fria.

Mas vai trabalhar com satisfação
sempre transmite a quem está perto
um sentimento de alegria.

É um bom dia no ponto de ônibus,
que faz diferença no dia do desconhecido.

Diva, leva duas horas para chegar ao trabalho.
Enquanto o tempo passa, vai pensando em seu pequeno filho
que até pouco tempo, ainda brincava com chocalho.

Chegou o ponto de descer!
Espreme pra cá,
empurra pra lá!
Com um jeitinho
Diva consegue se desvencilhar
do aglomerado de gente trabalhadora...

Desce rápido do busão,
para chegar na casa da patroa
sem atraso nem reclamação.

Toca a campainha.

Nada.

A patroa dormiu fora e ainda não voltou,
como faz?

Ser Diva não é fácil.

(Sarah Magalhães)