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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Poema-diário

Querido poema,
hoje foi um daqueles dias ás avessas.

Até já era de se esperar,
dada toda essa calmaria da minha vida.

Mas é curioso como quando algo começa a dar errado...
Parece efeito dominó.

Também não estou escrevendo um poema vitimista,
não quero despertar em você pena ou dó.

Inclusive, hoje, ninguém vomitou em mim!
Este é um fato importante, dado o meu último dia ruim*.

Enfim...

Querido poema,
hoje acordei atrasada
para a aula das 8 horas.

O meu percurso seria
de casa à universidade.

Perdi o horário do ônibus.
Perdi a carona até o metrô.
Perdi minha caneta preferida
e também meu carregador.

Perdi quase a esperança de um dia bonito.

Ah! Perdi também a impressão do trabalho que teria que entregar...

Tudo perdido.

Quase tudo perdido.

O dia foi ruim, de qualquer forma.

Todos os meus compromissos
realizei meio tortos,
quase pela metade...

E consegui chegar ao final do dia:
metade de mim cansada e a outa metade vazia.

Mas alguns versos surgiram já quando o dia se apagou,
acompanhados de um café, um capuccino e algumas risadas.

Não há nada melhor do que um dia ruim que se acaba
bem.

Sarah Magalhães

*Nota: ver poema Era uma vez, no 110.

Café e Capuccino.