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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Sorriso bom

Sorrisos agradam, iluminam,
tocam a gente.

Sorrisos de criança carregam uma energia
que brilha, na intensidade de um diamante ao sol.

Sorrisos de vó são sábios e aconchegantes,
assim, convidativos a um chá com pão de queijo.

Sorrisos de mãe são de orgulho,
de alegria e de cumplicidade.

Cada sorriso chega de um jeito.

O meu é assim meio sem jeito,
mas imenso de amor e de uma doce intenção
de fazer você sorrir com o coração.

Sarah Magalhães

Balões namoradeiros, sorrindo o dia inteiro.



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Caduquice

Se eu cruzasse com você pelo caminho,
lá pelos meus sessenta e quatro...
Com certeza eu me apaixonaria
sem pestanejar.

Seus olhar seria o mesmo
e sua barba já grisalha
iria me encantar.

Se eu te encontrasse
lá pelos meus sessenta e quatro
em uma cafeteria...
Com certeza sentiria
sua alma junto a minha.

E se a gente não se reconhecesse?
Em um instante nos apaixonaríamos
e à moda antiga começaria um romance
por um bilhete de guardanapo,
ou com você me ajudando a limpar
o café que deixei derramar.

Quando distraída eu olhava seu anel
de mais de quatrocentos anos,
ainda brilhando e falando-me
que ainda somos muitos novos
e temos a vida pela frente para sorrir,
cantar, dançar, correr, jogar damas,
falar francês, se aventurar e enlouquecer
e envelhecer e amar.

Lá pelos meus sessenta e quatro
pode ser que eu esteja caducando.
Lá pelos seus sessenta e quatro
pode ser que você esteja tocando.

La pelos sessenta e quatro...
Ainda estaremos nos amando.

(Sarah Magalhães)





domingo, 28 de abril de 2013

Cabe em uma fotografia

Eu só queria
uma bola de sorvete
de abacaxi,
com calda de chocolate,
castanhas, duas cerejas
e você aqui...

Queria ter o pôr-do-sol para sempre,
um pano xadrez para sentar,
ficar assim de bobeira,
deixando o tempo
p a s s a r . . .

Seu jeito simples
de me fazer sorrir,
com caretas e olhares sérios
seguidos de beijinho...

Sei lá, podia ter um marshmallow também...

Tudo isso tão leve e bonito,
cabe em uma fotografia.

Caberia,
mas é uma pena
que eu esteja
aprendendo crochê
com a minha tia.


(Sarah Magalhães)




quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Papel velho

Perdido
entre folhas
amarelas
de um velho
caderno de receitas.

Uma senhora
encontra um bilhete
com poesias
muito bem feitas.

O papel não tem autor nem dono...
Tem medo de ser descoberto
e por isso parece estar escondido.

Tem muito carinho
e amor expressados,
prontinhos para serem
revividos, relembrados.

A senhora,
quando jovem,
o guardou ali
e hoje,
já de cabelos brancos
ainda o lê e sorri.

(Sarah Magalhães)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O caminho que quer carinho

Conhece esse caminho?
Ele é cheio de cores
e amores esquecidos.

É vazio.
É vazio de amor,
ele precisa de alguém
que ao caminhar por ele,
não pense apenas no destino,
mas que saiba valorizá-lo.
Cultivá-lo.

As suas cores pastéis
devem ser cativadas 
para que possam novamente florir.

O caminho quer sorrir,
mas precisa de ajuda.

Quem passar por aqui,
que reze ou plante uma flor.
Assim, ao passar,
uma nova cor há de deixar.

(Sarah Magalhães)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Efeitos

Qualquer olhada tua
pode me fazer sorrir.

Qualquer olhar a lua
pode me fazer dormir.

Cada brilho, cada luz.

Cada brisa
Cada vento
Cata-vento
Alegria

Cada coisa
Cada dia

Cada um
Na poesia

(Sarah Magalhães)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Uma história estranha, para o dia dos namorados

Dia dos namorados,
shopping centers lotados,
corações apaixonados
e alguém num canto calado.

Esse alguém lia um livro,
não consegui ver a capa...
mas não importa.

Peguei minha mochila
e sentei ao lado.

Era um garoto 
de olhos escuros
e profundos,
blusa xadrez e cabelo enrolado
-meio despenteado-

Abri o meu livro, 
para ler ao seu lado,
dei um sorriso.
Fiquei.

O tempo parecia confuso:
meio ensolarado,
mas o céu querendo ficar escuro...
O tempo, sem vento,
parecia criança em cima do muro,
sem saber se vai pra lá
ou pra cá...
e acaba que fica sentado, olhando.

Esse tempo meio desnorteado
fica sentado observando
os casais passando
os consumistas comprando
os poetas compondo
as meninas dançando
os meninos jogando futebol num campão...
Fica olhando também,
aqueles que passam em vão,
apenas sorrindo, ou não.

Uma guria passeando com o cachorro
e um senhor passando com o saco de pão.

Enquanto isso 
estou sentada ao lado
do garoto desenturmado,
lendo o meu livro
e vendo o tempo decidir,
se vai passar ou ficar aqui.

Então ouço o garoto rir
e depois sorrir.
Para mim?

Ele se virou,
fez uma cara meio engraçada
como quem não quer dizer nada,
e me falou:
- Feliz dia dos namorados
garota dos cachos dourados!

Por algum motivo,
fiquei sem graça
e senti as minhas bochechas
ficando avermelhadas.

Acho que pisquei, 
fechei o livro
e depois falei:
- Feliz dia dos bananas 
para você também.
Meu nome é Eduarda,
sentei aqui e nem me apresentei...

Ele se levantou
e com um gesto cavalheiresco, 
também me levantou.
Achei tão estranho,
ainda não sabia seu nome,
mas sabia conhecer aqueles 
olhos misteriosos,
talvez de algum sonho.

Fomos caminhando por aí,
conversando sobre os livros
e sobre pedras...
pedras mesmo.

No caminho (para não sei aonde)
a gente viu uma senhora,
sentada na rua pedindo esmola...
Um palhaço,
trabalhando sério no semáforo...
Um camelô,
vendendo doces em frente ao metrô...
Uma guria,
vestida de Rosa e andando de patins...

Atrás dela vinham
deslizando também:
orquídeas,
tulipas,
margaridas
e um Cravo.

O cravo
era um garoto
muito alto e magro...
Atrás dele,
vinha outro rapaz
(de jeans e camiseta branca)
que pedalava uma bike cinza
enquanto filmava
as tulipas e margaridas
zanzando e desejando
feliz dia dos namorados a todos que passavam...

Enquanto rolava essa festa,
eu e o garoto dos olhos profundos 
ficamos parados olhando
e tentando entender 
o que aquele povo queria fazer.

Tudo se explicou.

O cravo alcançou a rosa.
As tulipas e margaridas
sorriram e fizeram roda.
O cravo beijou a rosa.
As flores estavam cantando 
uma musiquinha apaixonada,
enquanto o garoto da bike cinza se aproximava.

Dessa bagunça a rua estava rindo.
Era um clipe apaixonado
de alguns doidos fantasiados.

Eu ainda sorrindo perguntei
ao garoto de olhos escuros
e profundos,
se queria tomar um sorvete
lá perto da rua debaixo.
Ele respondeu que preferia
um açaí que ficava logo ali...
No caminho ele me falou
que achava o dia dos namorados engraçado,
meio inútil, mas engraçado.
E disse que o seu nome
eu não havia perguntado.

Foi aí que eu notei...

Mesmo assim não perguntei.

(Sarah Matos Magalhães)

domingo, 10 de junho de 2012

Verso para sorrir

Pode até não ser
tão belo e singelo
como eu gostaria.
Mas com certeza
é sincero e escrevo
para que você sorria.

(Sarah Magalhães)

domingo, 27 de maio de 2012

Poesia

      Poesia
me faz sorrir,
 faz chorar,
 faz me lembrar
 de você,
me faz sonhar,
  acordar
e te esquecer.

(Sarah Matos Magalhães)