terça-feira, 8 de outubro de 2013

O beijo do palhaço

Estava ali assistindo ao espetáculo,
junto a alguns amigos do karate,
mas o sol me incomodava
e sob uma árvore fui me esconder...

Para que?

A palhacinha não me encontrou!?
E fui parar no picadeiro:
as crianças, vovozinhas, celulares 
e cachorros me olhavam o tempo inteiro.

Que vergonha, nem deu tempo de arrumar o cabelo...

Conversa pra cá,
conversa pra lá...
Eu um pouco agoniada...

Quando vou me despedir
surpreendo-me 
com uma palhaçada, estalada.

Ai, que vergonha. 

Voltei para a minha sombra
em meio a várias risadas
e com as bochechas coradas.

(Sarah Magalhães)


Poesia inspirada no espetáculo dos palhacinhos Aipim e Macaxeira, em uma apresentação de "Dia das Crianças" no Guará. Espero que tenham gostado dos versos tanto quanto gostei das palhaçadas. Se não tiver assistido ao vivo e quiser dar umas risadas... Eis o vídeo: 

Por quê?
 Macaxeira, eu e Aipim em uma praça guaraense.

2 comentários:

Pororoquinha disse...

Se uma palhaçada pode virar poesia é porque o mundo é muito mais mágico do que a gente imagina!

Sarinha, você é demais!

Caderno Descolorido disse...

Siiim, a magia está só nos esperando... (:
Obrigada Cintinha! ;3