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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Repoetizar

Reviver o espaço poético
outrora abandonado.

Nunca esquecido,
embora abandonado.

Reflorescer
simples, forte e delicadamente
a poesia,
que até outro dia
eu aqui escrevia.

Voltei para aquarelar
o meu Caderno Preferido.

Sarah Magalhães

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Poesia amiga


Já faz metade da minha vida
que eu te conheço...

É estranho pensar assim,
em números...

Mas também é bom saber
que existem pessoas em quem
podemos confiar, passar o tempo,
rir apenas.

Algumas pessoas ao meu redor,
algumas poucas, possuem a minha
admiração e confiança.

E você conquistou isso
quando ainda éramos crianças.

As vezes me inspiro
na nossa amizade
para os meus versos escrever.

As vezes eu sinto
tanta vontade
de te encontrar para conversar
ou para mostrar-te parte
de um livro que qualquer hora
pessoas desconhecidas irão ler.

A verdade é que hoje
eu parei para pensar
que amizade de infância,
nem todo mundo
consegue conservar.

Não consigo lembrar de brigas,
mesmo me esforçando...

É importante dizermos coisas boas
à aqueles que amamos.

Essa poesia é uma forma de compartilhar
a minha alegria por essa nossa amizade
por tanto tempo se conservar.

Eu termino essa estrofe
como com um abraço de saudade:
com o desejo de que seja terna a poesia
e eterna a nossa amizade.

(Sarah Magalhães)

sábado, 7 de julho de 2012

A relação com o tempo

Eu não escrevo todo dia.

Eu escrevo quase todo dia.

Quando escrevo, escrevo sobre todo o dia que passou...


Não escrevo por todo o dia,
mas pelo tempo suficiente.

As vezes levo
o tempo todo
que o dia tem.
As vezes o tempo leva
o dia todo 

que a minha poesia tem
para passar a existir.

Mas com o tempo a poesia vem
e alguém num belo dia a recita muy bien.

A poesia embalada de tempos,
de ventos, de lembranças ocultas
e momentos...
Com o tempo se dissolve ao vento.

O que resta é a lembrança
de alguns versos
mal rimados.

O que resta é a esperança
de que o amor (ou um autor)
outra vez
recite algo.

Algo além do tempo.

(Sarah Magalhães)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Escrever

Pode até parecer impessoal o que digo,
o que rimo,
o que escrevo...
Fico feliz que pareça, acredito que
seja uma qualidade textual.
Fico feliz,
mas nao o suficiente.

Preciso dos teus olhos nessas linhas,
percorrendo os meus ditos sentimentos...

Do que adianta eu escrever belas cartas,
belas rimas, para você...
Se não é você quem lê,
se não é você quem gosta,
se não é você...
E se nao for você? De que me servirão tão belos textos?
De que me servirá tantos leitores?

Não me faz sentido escrever para você,
se você não me lê...

Mas não canso de escrever meus amores e sentir minhas dores e pensar em você.

(Sarah Magalhães)