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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Desprendimento

Num tempo
de secura:
sol e vento

Caminho 
pela rua
vejo pobres
e penso

Em uma 
nova forma
de desprendimento

Desprendo da cabeça
uma presilha
e continuo caminhando
(de cabelos ao vento)

Eu queria mesmo
conseguir pensar
em algo com que eu possa
a quem precisa, ajudar

Após a vitrine
de uma loja ver
lembro do que
poderei me desprender

Porque não doar 
roupas e brinquedos
a uma instituição legal...?

Quem disse que crianças
só precisam disso 
no natal?

(Sarah Magalhães)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Sufoco

Meu peito se aperta
como se quisesse sumir.

Minha cabeça dói,
minhas pernas estremessem.

Tudo parece longe...
Minha cabeça gira.

Tudo gira.

Me sentei no chão frio:
o teto parecia janela,
a janela parecia chão
e eu me perdi...

Me perdi dentro da minha própria casa.
Me perdi dentro de mim.

Estou meio tonta ainda,
deve ter sido aquele vinho
cor de sangue.


(Sarah Matos Magalhães)