Mostrando postagens com marcador azul. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador azul. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A casa azul

Era uma casa muito engraçada, 
não tinha teto, não tinha nada!

Hoje eu vim contar para vocês, 
sobre uma caixa que ia para o lixo...

Uma caixa grande o suficiente para caber
três crianças, um bebê e muita imaginação.

O papelão que outrora serviu 
para armazenar um eletrodoméstico,
agora será um objeto mais que poético:
uma casa azul.

A ideia nem era ser azul, era apenar ser
uma casinha para as crianças...
Mas aí chegou meu tio e sugeriu
"Por que você não pinta essa parede aqui, vai bombar!"
Eu pensei, é... Pode ser...
E ele foi me ensinar: 
"Tem que colocar a fita assim em volta, 
para não manchar as bordas."

Ele pintou uma parede e pintei a outra.

No dia seguinte, continua o trabalho, 
eu, mamãe e Lele resolvemos pintar ela toda por fora.
Ficou linda e o azul, meus queridos,
é a cor curinga.

Não existe mais isso de rosa é de menina,
azul é de menino.
Todas as cores são bonitas e
especialmente depois de Frozen
esse discurso entrou na prática.

Mas então, resolvemos fazer um telhado bonitinho e
por coincidência (ou não) do destino
no dia Wellinton estava aqui...

Ele estava consertando o telhado aqui de casa.
Quando viu o telhado da casa azul tranziu a testa...
"Esse telhado aqui tá torto, 
deixa eu ajudar vocês..."
E então sem mais conversa, 
arrumou o nosso serviço amador
e telhado também a casa ganhou.

A verdade é que todo mundo que aqui chegava,
não enxergava uma caixa de papelão...
Via uma importante casa que estava em construção.

E a essa casa dedicavam tempo,
carinho e tinta, pincel, verniz a base d'água,
davam pitaco, tentavam entrar, testavam a estabilidade,
será que a crianças, a casa iria aguentar?

Ainda em construção,
a casa azul recebeu uma visita.
Falei: Cuidado, é melhor não se apoiar porque a casa é de papelão!
E a ilustre convidada perguntou: Mas porque a casa é de papelão? Poxa vida!
E se o Lobo Mal vier e assoprar e assoprar e assoprar! 

A pequena ficou pensativa.
Eu também.

Mas convenci-lhe de que ia ficar tudo bem.

A ideia de fazer uma casinha com a caixa de papelão
foi melhor do que se poderia imaginar.
Os adultos se divertiram em construí-la
e ela foi feita com muita dedicação.
As crianças ficaram ENCANTADAS
e sempre que chegam aqui, é só diversão.

Mamãe, obrigada pela ideia genial!
E obrigada também a todos que ajudaram!

Casa Azul, Rua da Brincadeira, Brasília - DF
Sarah Magalhães




Cada parede foi decorada com o tema de um desenho animado que elas mais gostam, dentro a casa tem um quadro e as letras do alfabeto de e.v.a., também tem muita parede para eles mesmos poderem decorar.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Doce Julia

Queria que chovesse gelatina
por isso todo dia, pedia para a mãe...

Queria que o céu fosse cor de rosa
e todo dia perguntava ao tio,
por que o céu é azul...

Júlia, todo dia perguntava
e todas as noites sonhava.

Um dia encucou que choveria jujuba
e que a terra seria chocolate em pó...

Foi dormir
mas
no meio
da noite
acordou!

Chorava sem parar
e sua mãe foi lhe ninar:

Mas Jú, porque esse choro?
Tenha calma, foi só um sonho...

A menina voltou a dormir.

Mal sabia sua mãe,
do pesadelo que Júlia acabara de assistir:

Choviam muitas jujubas açucaradas e coloridas,
a terra já não era suja, mas chocolate para sua barriga!
Mas em meio aquele doce mundo fantástico...
Surgiam formigas, ratos e baratas famintas,
atacando o que era mágico e devorando o sonho
da pequena Julinha.

Jú nunca mais comeu jujubas açucaradas.

(Sarah Magalhães)

sábado, 9 de junho de 2012

Meus segundos e terceiros e quartos nomes...


O meu nome é Sarah e as poesias do caderno são de minha autoria, mas não se assuste ao ler algo assinado como Carina M., Joana Marques ou Sr. Amor, são personagens criadas por mim. 
Quando comecei a escrever, queria saber a opinião de uns amigos sobre os meus versos escritos. Nessa época, o caderninho era o azul e resolvi passar umas poesias minhas para lá, mas com um pseudônimo, para ver se alguém iria reparar. Misturei minhas poesias com músicas que eu gosto, uns desenhos bonitinhos e autores famosos, e entre eles coloquei a primeira personagem que criei "Carina M.".
O caderninho passeou de mão em mão até que para a minha bolsa voltou. Alguns nada comentaram, outros gostaram e se emocionaram, alguns disseram ser uma fofura, mas sobre a Carina, não falaram coisa alguma. 
No dia seguinte, estava eu com o caderninho em mãos e uma amiga minha veio conversar, me perguntou quem era essa Carina, -dei um sorriso de canto de boca- ela falou que gostou muito do caderno e que nunca tinha ouvido falar dessa autora, que quando chegou em casa foi pesquisar e nada o Google foi capaz de lhe informar.
Confesso que fiquei muito feliz e aquilo me motivou a escrever. Eu contei para ela, que não iria encontrar nada no Google mesmo, porque quem escreveu os versos fui eu. Ela olhou para mim e quase me bateu, me perguntou porque não havia dito antes, eu respondi que era um teste e queria ver se iriam reparar.
Nós rimos do acontecido e desde então eu não parei de brincar com as palavras, de mudar o rumo da prosa e de rimar nada com qualquer coisa.
Depois de assinar como Sarah Matos Magalhães algumas poesias, fui criando meus segundos e terceiros e quartos nomes -os pseudônimos- que hora ou outra podem encontrar por aqui.
Espero que todas essas palavras combinadas com carinho, agradem a cada leitor que folhear esse novo caderninho.

Com carinho, Sarah.