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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Doce Julia

Queria que chovesse gelatina
por isso todo dia, pedia para a mãe...

Queria que o céu fosse cor de rosa
e todo dia perguntava ao tio,
por que o céu é azul...

Júlia, todo dia perguntava
e todas as noites sonhava.

Um dia encucou que choveria jujuba
e que a terra seria chocolate em pó...

Foi dormir
mas
no meio
da noite
acordou!

Chorava sem parar
e sua mãe foi lhe ninar:

Mas Jú, porque esse choro?
Tenha calma, foi só um sonho...

A menina voltou a dormir.

Mal sabia sua mãe,
do pesadelo que Júlia acabara de assistir:

Choviam muitas jujubas açucaradas e coloridas,
a terra já não era suja, mas chocolate para sua barriga!
Mas em meio aquele doce mundo fantástico...
Surgiam formigas, ratos e baratas famintas,
atacando o que era mágico e devorando o sonho
da pequena Julinha.

Jú nunca mais comeu jujubas açucaradas.

(Sarah Magalhães)

sábado, 8 de dezembro de 2012

Besteirol

Quero mais
besteiras.

Quero mais,
muito mais motivos
para rir sem pensar.

Mas para que, tanto querer, meu bem?
Essa vida tranquila, na sombra, já não te faz bem?

Eu quero mais nuvens coloridas,
mais flores esculpidas por lápis de cor.
Quero bolhas de sabão chegando ao espaço
sem demora, mas sem hora para voltar.

Quero uma xícara de margaridas
no lugar do chá
e uma pratada de tulipas rosadas
no lugar do jantar.

Quero um buquê colorido
que chova desse céu azul, vezes tão cinza...

Quero viver um sonho bom,
nessa sombra tranquila
que ainda me faz bem.

Vou levantar e me arrumar...
Nessa tarde tranquila vou criar
a casa mais florida que há.

Onde então eu vou viver
e mais besteiras vou querer.

(Sarah Magalhães)

domingo, 2 de setembro de 2012

Céu inspirador

Pequenas borboletas
voam sobre minha mente.

Tem uma de cor anil
que quer voar
mais alto que as outras mil.

Sobre a minha mente
há um céu azulado,
céu brasiliense:
cada tom perfeitamente encaixado.

Nesse meu céu
voam tantas borboletas:
coloridas, rosas, azuis, laranjadas
vermelhas, violetas e pretas.

Voam também mariposas
talvez mais belas ainda,
daquelas que antigamente,
os maridos caçavam e as enquadravam
para dar de presente para a esposa
dizendo o quanto a achava linda.

Mas eu não gosto de mariposa
nem de borboleta presa.

Prefiro deixá-las soltas
voando sobre a minha cabeça.

Olho para cima e vejo flores
borboletando e mariposando
sobre essa minha mente leve
(mais leve que barrinha de cereal light)

Mente que leva qualquer coisa
perdida por esse céu azul
a se transformar em versos sem métrica,
com rimas que são embaralhadas,
em uma tentativa
de deixar a vida mais colorida
e lembrar que o céu de Brasília
me deixa maravilhada.

(Sarah Magalhães)

domingo, 17 de junho de 2012

Antes de dormir

Mais eu tenho para lhe escrever,
mas agora vou dormir.

Queria rimar e anoitecer
escrevendo sobre o céu
                 as nuvens
                 as estrelas
                 e contando casos
                 sobre você.

Mas ainda sou pequena
e tenho horários a cumprir,
por isso aqui lhe deixo um beijo
e um abraço para concluir.

(Sarah Magalhães)