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domingo, 6 de novembro de 2016

Teatro tem espaço

Teatro tem espaço,
tem espaço sim!

Teatro cabe em palco,
cabe em pátio,
cabe no jardim...

Teatro cabe em cada canto
onde há inspiração
e gente bem disposta
a trabalhar com dedicação.

Teatro tem espaço,
tem espaço sim!

Tem espaço na escola,
tem espaço no coração.

A magia do teatro transforma tudo em arte.

Não há mal tempo, vendaval,
gritaria, poeira, cenário, luz,
falta de figurino ou de cadeira
que desfaça o espetáculo...

Nem mesmo uma goteira gotejando no palco.

O teatro, meus caros, é um espetáculo raro,
que transforma nosso espaço e se aconchega no coração.

O passe de mágica:
gratidão.

O espaço do teatro é o espaço que estiver.

Acontece de toda maneira e cabe onde quiser,
até aqui neste poeminha.

Sarah Magalhães

Poema inspirado pelo Festival de Teatro organizado pela professora e amiga Fernanda com seus alunos em um colégio da rede pública de ensino do Distrito Federal. As peças foram lindas, todo o trabalho foi emocionante! Então, amigos, viva ao teatro! E ao espaço da escola! <3



Beijocas, Sarinha. 




quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Terceiro A, de gordinhos


Ah meninas!
E meninos...

Eu tenho tantas coisinhas fofinhas e bonitinhas para dizer-lhes...
que nem sei por onde começar.

Começa do começo abestada!

Então tá...

Vocês conhecem um pouquinho da minha história,
de quando cheguei no Segundo A quase de paraquedas...
E num passe de mágico virei representante de turma
e logo mais comecei brincar de ser poeta.

E sabiam que eu gostei!? Rsrsrs
De representar, de alguma forma, vocês.
E de escrever versos
entre as bolachas recheadas e as aulas de inglês.

Caberiam nessa poesia
milhões de desabafos e
agradecimentos...

Mas, vou tentar relembrar com vocês
de alguns dos nossos bons momentos.

Não consigo imaginar a nossa turma
sem lanches e migalhas de comida espalhadas pela sala.

Quem acha que cortar bolo com faca é sucesso...
Hum, não sabe de nada!

A gente tem nossas diferenças,
mas todos temos algo em comum:
viemos parar em uma turma
que não assiste aula em jejum.

Pão de queijo, suco, biscoito recheado,
bolo de côco, de beijinho, chocolate...
Refrigerante, brigadeiro, casadinho, jujubinhas,
coxinha, risole, kibe, folheados...
Rosca doce, torta de frango,
bolo de cenoura com cobertura e granulado enfeitando...
Copo, guardanapo, cupcake, brigadeiro de colher,
pirulito de morango, amigolate e um monte de mulher...

Nossa turma.

Ah, deixa eu falar...
Porran, teve dias que eu tive vontade de chorar,
falando que já deu, cansei, não aguento mais,
essa escola, essa gente todo dia, esses professores
dizendo para eu me empenhar mais e animar a turma...
e eu tentei, depois escuto que tenho que animar a mim mesma e não a turma...
e já sou meio pirada assim, sozinha, daí ouvindo tantas vozes, fiquei mais maluca ainda!

Falei mentalmente:
Chega dessa confusão...
Vou estudar com a mente leve
e com meu caderno de poesias por perto
para quando precisar externar o que não cabe no meu coração.

Funcionou, eu acho.

A gente viu tanta coisa passar,
talvez, sem perceber o tempo passar...
Quantos de nós não foram embora?
Trabalhar em outro lugar,
estudar no Canadá
ou na UnB
porque passou no vestibular.

A gente recebeu gente nova,
que veio dar aula,
que veio coordenar,
que veio assistir aula,
que veio badernar.

E todos esses "vai e vem's"
formaram a turma que somos hoje:
cheia de diferenças...
No início toda receosa
e talvez preconceituosa.
Dividida em panelinhas,
cada uma já tinha as suas amiguinhas...
Mas em pouco tempo percebemos
que em sala de gordinhos,
juntar as panelas é melhor!

As meninas, ditas novatas,
acredito que foram recebidas com carinho.

Os meninos, nossos heróis,
são os mais lindos de toda a escola
por suportarem-nos todas as manhãs.
Os meninos, foram privilegiados,
por depararem-se todas as manhãs,
com as meninas mais lindas da escola.

Esse ensino médio, meio louco,
amável e conturbado...
Foi uma experiência marcante para todos
e se saiu melhor do que eu havia imaginado.

Eu espero, do fundo do coração,
que de todas essas manhãs de 3º "A"
alguns momentos tenham sido mágicos,
alegres, encantadores, adoráveis...
Espero que cada um de nós
tenha algo lindo para contar aos amigos,
sobre esse terceiro ano.

A essa altura, depois de tanta poesia...
Vocês podem já estar dormindo,
ou até sorrindo, talvez chorando...

(Na verdade é certeza que tem alguém lanchando) Rsrs

Mas danem-se, vou continuar falando... u.u

Os nossos trotes...
Que trotes?

Como pode algo tão besta se tornar
momentos tão divertidos?

Vai saber... Não me imaginava indo a escola de vestido...
Mas senhoras e senhores, quer dizer, senhoritas e senhoritos,
ser Mulher Maravilha, Bela, Pac-Men, Cawgirl, Alice,
Chapeleiro, Bruxa, Minnie, Pirata, Sra Incrível, Vandinha Addams,
Arlequina, Batgirl, Robin Hood e tem mais eu sei, mas cansei...
Ser por um dia a personagem que quiséssemos, foi fantástico.

Eu particularmente achei que ser a Vandinha foi o máximo! Rsrs

Os The Teaches cantaram "Estrada" para nós, formandos...
Engraçado é que por mais "batida" que possa ser a música,
ela tem que ser tocada, porque ninguém sabe o quanto nós caminhamos para chegar até aqui,
nem o quanto nós caminhamos antes de dormir.
E vou falar para vocês, escrevendo esses versos, eu nem cochilei. (é sério)

Entre tapas e beijos
nós crescemos de forma individual
e coletiva.
Amadurecemos.

Entre esse tanto de mulher,
direto a gente viu escorrer o veneno...
Opa, limpa aí... Rsrs
Mas é assim, mulher é mulher e fim.

Mas acima das nossas diferenças,
encontramos uma diferença em comum...
Se é para falar mal de outra turma,
é um por todos e todos por um!

E os jogos de queimada que o digam...

Eu brinco assim,
mas quando a gente lembra
é até divertido...
Já passou.

Eu quero falar para todos vocês,
que valeu muito a pena ter estudado
com os senhoritos.
Cada trabalho maluco que fizemos,
bate-bocas que tivemos,
problemas com professores,
Fenações que perdemos,
Semana de Arte toda divertida
e cansativa...
O passeio para a Chapada
naquela trilha infinita,
o trabalho de Brasília
em que aprendemos a "sustentar"
mais essa tarefa pedida, valia nota né...

Quero agradecer a vocês
por confiarem em mim
como representante,
e como estudante
e como amiga.

E quero dizer-lhes que nesse poema,
não trago versos de despedida...

Eu estou extremamente feliz em saber
que ano vai acabar, o natal vai chegar,
as férias vão existir, o ano vai mudar...

A rotina de cada um de nós vai mudar...
E foi por isso que ansiamos nossas vidas escolares inteiras.

Desejo que cada um encontre um caminho para seguir
e que esse caminho seja iluminado e repleto de conquistas.

Eu já disse que nesse poema, não escrevo versos de despedida.
Digo-lhes que valeu a pena, ter sido por vocês, a representante escolhida.

Entre os passos dos nossos caminhos,
com certeza nos reencontraremos,
seja na rua, na padaria, na esquina,
no trabalho, na faculdade, num bar,
seja no meio da chuva em Águas Claras
ou numa pracinha do Guará...
Seja visitando um parente em Sobradinho,
ou indo ao cinema com algum sobrinho,
ou por que não, em um cruzeiro, no meio da mar!?

Sei lá... Todas as opções estão a nossa frente.

Sigamos cada um, em busca dos nossos sonhos
e sonhemos a cada dia e a cada noite
mais e mais...

Porque sem sonhar, a vida fica meio sem graça, sem tempero...

A gente pode marcar sempre de se encontrar,
para continuarmos o lanches marcantes
que alimentaram nossas barrigas, almas e corações.

Agora acabou.
O vídeo.
O apito do Arley.
A farra do boi.
O robô-cop gay.
A oração antes da aula.
A comilança dentro de sala.
Acabaram as nossas aulas.

Agora acabou
o poema também.

Com carinho, Sarinha.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Quem não vai sentir saudades?

Uma poesia feita com muito carinho, para falar um pouco dessa louca fase que é o ensino médio:


Saudades das bagunças, 
de ir de pijama para o colégio,
de fazer piquenique embaixo da árvore.

Quem vai se esquecer,
de se vestir por um dia de escola
na personagem que sempre quis ser?

A gente vai lembrar para sempre de coisas bobas,
mas ao mesmo tempo tão importantes e especiais.

Quem vai querer voltar no tempo
para refazer provas e trabalhos, 
workshops, seminários,
atividades na plataforma,
montar um circuito elétrico e
resolver equações binomiais?

Quem vai querer
refazer uma semana de arte,
dar o sangue em uma gincana que exige superação,
falar da função medicamentosa de funções orgânicas em uma apresentação?

Quem vai querer, outra vez,
fantasiar-se para fazer um clipe,
descabelar-se por alguma recuperação (ou algumas)
e dar até chilique!?

Quem vai querer voltar no tempo 
para aprender o que é um trabalho "inter"?

Fazer simulados, escrever redações.
Sofrer, assistindo algumas aulas dos plantões.

Fazer gráficos, calcular probabilidades,
ouvir histórias, chorar de vontade de sair da escola
(e para isso, usar de artifícios indevidos na hora da prova),
jogar queimada na educação física, 
quase levar um choque no trabalho de física...

Fazer da sala de aula, um novo país,
encarar o desafio de uma turma, ser uma Nação.
Transformar aquela pálida sala cheia de cadeiras
em um pedaço da Inglaterra, ou da Espanha,
ou num cantinho da Austrália, que dê para cozinhar.

Quem vai querer voltar no tempo para refazer tudo isso?
Nem sei. Nem a gente volta.

Mas cada momento desses, vira lembrança.
Cada sorriso, lágrima, arrepio, alívio...
Cada manhã de escola, vira lembrança.

E cada lembrança é uma fotografia
daquelas, que a gente guarda no coração.

Quem não vai sentir saudades desse terceirão?

Com carinho, Sarinha


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Mimo de vaquinha!


Mimo feito com a ajuda da minha mãe linda e da Luzia, do Liquidificador cor-de-rosa.
O chaveirinho de vaquinha foi capricho da Lu, o caderno com marcador de página imitando o rabinho da vaca eu e mamãe fizemos e os marcadores de página já são velhos companheiros do Caderno Descolorido com alguns versos de poesias minhas.
Esse kit fofo de vaquinha não foi montado a toa...
Esse é o meu último ano no ensino médio aeêe! e para ajudar na arrecadação de caixa para a formatura, eu e o pessoal lá da escola estamos pensando em coisas geniais como vender bolos, brigadeiros e fazer rifas rsrs e então, adivinhem!?
Esse kit será o prêmio da nossa primeira rifa, com sorteio marcado para o dia 20 de março, vendida a 1 real por mim e pelo povo, que vocês provavelmente não conhecem...
Então, espero que tenham gostado dessa fofura! (:
*E se você tiver interesse em um bilhete de rifa, fala comigo pelo Facebook ou pelo email cadernonegro.contato@gmail.com (:

Com carinho, Sarinha.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O sonho do pijama

Quem nunca teve um sonho
em que estava na escola de pijama?

Andava pelo corredor,
entrava na sala de aula
e só percebia o que vestia
depois que a turma inteira olhava,
apontava e depois ria...

E quem disse que se pode correr?
Faça o esforço que for,
mas nesse sonho
você não vai se mexer!

Pânico? Sono? Cadê o travesseiro?

Quem me dera antes de entrar na sala
tivesse passado no banheiro,
assim teria me olhado no espelho...

Não adianta mais.

Quem nunca teve um sonho
em que estava na escola de pijama?

Mas com o sol tímido nascendo
acordou e percebeu que durante o tempo inteiro
estivera roncando na cama e nada demais aconteceu.

É cada coisa!

(Sarah Magalhães)

sábado, 24 de novembro de 2012

Cedo ou tarde

Já é tão tarde e eu estudo...
estudo o mundo e o que cai na prova logo mais.

Não sei se 3 horas da manhã é tarde ou cedo,
mas também tanto faz.

Estou quase um mudo e surdo,
no silêncio maravilhoso da madrugada.

Mas por dentro sou uma cachoeira,
ouvindo a natureza e barulhando com a água.

Sem água.

O que barulho são os pensamentos...
Incessantes e inquietantes.

Movimento meu olhar sobre os papéis
movimento minhas ideias para lá e para cá...

Movimento o silencioso intelecto
sem barulhar algum objeto,
porque a casa pode acordar.

Assisto slides dinâmicos
e esboço cálculos falhos
em um papel com desânimo...

Em um papel que vai para o lixo
em um breve movimento mecânico.

Que lixeira divertida,
cheia de coisa colorida:
desde papel do colégio
até embalagem de comida.

Vou acabar mais uma lista
de perguntas cansativas
e problemas que adotei
para provar que estudei.

Depois deito para dormir e logo mais acordar e sair
para recomeçar a rotina com mais provas do que a gente imagina...

(Sarah Magalhães)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Aos professores

Ser professor é uma tarefa difícil
aguentar tantos alunos em sala
twittando o que comeram no café da manhã...
ou ainda tomando café da manhã!

Mas esses são os alunos folgados.

Tem aqueles que vão para a sala
chamar atenção...
Se deveriam lanchar mexerica
jogam-na no ventilador
armando a maior confusão.

Mas esse tipo de confusão
é para rir, porque pra limpar mexerica
policial não precisa, na escola, ir.

Ser professor exige jogo de cintura.

Tem dias em que o professor entra em sala
com a esperança de ensinar algo bacana,
mas não imagina que durante a sua aula
algum aluno vai acabar saindo em cana...

Acontece no ambiente escolar,
tráfico de drogas, brigas, ameaça de matar...
Acontece briga por causa de namorado,
menina que está grávida, sem sequer ter planejado.

Acontece muito mais do que a gente imagina
na vida de um professor.

Por isso devemos agradecer e valorizar
aqueles que ainda exercem sua profissão com amor.

Eis aqui, a minha singela homenagem
ao dia do professor.

(Sarah Magalhães)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Mulheres de Jorge

Oi gente! Como vocês estão?
Hoje venho trazer o primeiro vídeo do Caderno Descolorido, com a poesia "Mulheres de Jorge" homenageando o centenário do nosso querido Jorge Amado. A poesia apresenta um pouquinho das personagens Gabriela, cravo e canela, Dona Flor e seus dois maridos, Teresa Batista cansada de guerra e Tieta do agreste.
O vídeo foi produzido por mim, minha amiga Maria Vitória e minha irmã Letícia e nós estamos participando de um concurso em que quanto mais acessos o vídeo tiver, mais chances teremos de ganhar, espero que gostem do que preparamos!

Então, aqui vai o vídeo e sintam-se a vontade para compartilhar com os amigos! (:


Mulheres de Jorge

Jorge Amado, foi quem desenhou
nossas mulheres brasileiras:
Gabriela, Teresa,
Tieta e Dona Flor.

Todas elas, posso dizer,
são mulheres de coragem,
com histórias dignas de se conhecer.

D'entre as nossas mulheres,
Gabriela foi aquela
quem Jorge primeiro
pois-se a escrever.

Gabriela é inocente?
É,  é diferente.

Gabriela tem a aparência
que os rapazes anseiam por conhecer
e essa mesma aparência,
nas bocas das mulheres vira motivo para maldizer.

Gabriela é tão bela!
Tem o corpo da mulher brasileira
e também é conhecida por não cortar a cabeleira.

Gabriela
além de um pensamento
além do seu tempo,
tem o perfume do cravo
e a pele cor de canela.

Essa é Gabriela.

Já n'outro tempo
nosso Jorge criou
mais um de seus livros,
esse intitulado "Dona Flor e seus dois maridos"
com casos benditos
que falam da nossa nação sem pudores,
mostrando misticismo e um defunto peladão
que volta do além, movido por uma paixão.

Essa paixão é Florípedes,
a bela Dona Flor, que carrega consigo
um coração cheio de amor.

Outra mulher batalhadora
quem Jorge bem retratou
é Teresa Batista, que muito lutou.

Teresa por muito tempo
sofreu e chorou
na fazenda aonde criança
comeu o pão que diabo amassou.

A morena também se apaixonou
e para poder o seu primeiro amor viver,
o homem a quem foi vendida
precisou as asas bater.

Tieta é cedo expulsa de casa
pelo seu pai que a rejeita
por ter sido pega
com um rapaz enamorada.

Mas tempos depois retorna a pequena cidade
d'onde foi embora, ainda com pouca idade.
Agora a bela mulher, que volta elegante, independente e rica
é por Sant Ana do Agreste muito bem recebida.

"Amado, Jorge"
hoje se lê nos livros
e a esse nome associa-se um homem,
da literatura, grande amigo.

Por ter ousado
em uma nova roupagem
para os seus textos escrever,
recheando-os de verdades
para o povo brasileiro,
poder o nosso próprio país conhecer.

(Sarah Magalhães)