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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Para a Clarinha

Esses são versos
para quando a Clarinha
já souber ler.

Para ela saber
que já era por mim
muito amada,
mesmo antes de nascer.

Quando na barriga
da Amorinha estava,
já chutava...
Quase dizendo
que karateca queria ser.

Clarinha, é tão linda
e comportada.
Antes de conhecer-te
“É uma lady!”
eu já falava.

Agora que nasceu,
que está crescendo rapidinho,
tenha sempre muita saúde,
paparico e carinho.

Pequenina,
queria te falar
que seus olhos curiosos
não me canso de observar
e que em seu batizado
[com todos muito bem arrumados,
cheirosos e de banho tomados]

Não pude deixar de notar
que em sua roupinha branca,
sapatinho de flor,
com mamãe ao seu lado
e papai babando de amor.


Você ali embalada
no colo dos dois,
parecia um fofo
bolinho de arroz.

Com carinho, Sarinha.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Porque você não vai parar de respirar

Conhecer-te foi leve
como o sorriso banguela
de uma criança.

E foi gostoso
como o sorvete de morango
com caramelo.

Caramelo com o qual
eu sempre me lambuzava
e você olhava, dava risada...

Você ria, mas sempre me ajudava.

Você foi como
o irmão mais velho
que nunca antes conheci.
Adotou-me com gestos,
com o seu olhar.

Foi o meu melhor amigo:
o que emprestava a boia
porque eu não sabia nadar.

Mas quando aprendi,
foi contigo que apostei
a minha primeira corrida.

E me lembro
que você quase me deixou ganhar,
nadando bem devagar
e acelerando pernadas e braçadas
só no final.

Mas você venceu por pouco.

Conquistar a sua amizade e proteção
foi uma das grandes coisas
que fiz na vida.

E você deveria se orgulhar
por ser tão amado
por uma garota como eu.

É por isso que você não pode desistir.

Porque sempre foi você
o meu ídolo, modelo, amigo, parceiro.
Sempre era para você
que eu corria quando precisava.

E agora que cresci
estou aqui para te cuidar
cativar, ninar e tudo o mais que você precisar.

Hoje é você quem precisa da minha proteção.
Agora, retribuir-te-ei com amor, atenção e ternura
por tudo o que fizeste por mim.

Porque o nosso forte laço
supera todos os problemas
que surgem pelo caminho.

Porque nós temos energia para continuar.

Por tudo isso,
você não vai desistir da vida
sem antes tentar continuar.

Nós vamos sempre continuar lado a lado.

Seja onde estivermos,
a força do nosso amor
vai sempre além.

(Sarah Magalhães)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Boa vibração

Quando você tocava
uma canção ao violão,
o que me tocava
não era apenas o som.


Quando a sua vibração
repleta de amor
chegava até mim...
Encantava-me.


Era como se você
irradiasse uma energia
tão boa...
Capaz de me tranquilizar
em meio ao mais confuso
c-a-o-s.


(Sarah Magalhães)

sábado, 7 de julho de 2012

A relação com o tempo

Eu não escrevo todo dia.

Eu escrevo quase todo dia.

Quando escrevo, escrevo sobre todo o dia que passou...


Não escrevo por todo o dia,
mas pelo tempo suficiente.

As vezes levo
o tempo todo
que o dia tem.
As vezes o tempo leva
o dia todo 

que a minha poesia tem
para passar a existir.

Mas com o tempo a poesia vem
e alguém num belo dia a recita muy bien.

A poesia embalada de tempos,
de ventos, de lembranças ocultas
e momentos...
Com o tempo se dissolve ao vento.

O que resta é a lembrança
de alguns versos
mal rimados.

O que resta é a esperança
de que o amor (ou um autor)
outra vez
recite algo.

Algo além do tempo.

(Sarah Magalhães)

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Cartões-postais

Ah, por favor
não me escreva mais poemas
que tanto me fazem chorar.
Você, aí de longe
diz que me ama,
rima amor com dor,
escreve alguma coisinha
e assina "Com amor, Amor."

Isso me cansa.
Faz mais mal
do que bem.

Se você quer me ver feliz,
de verdade, de coração,
vem aqui, me faz uma surpresa,
quem sabe
canta uma canção...

Mas também
não estou pedindo serenata
nem nenhuma demonstração
pública de amor.

O que estou querendo
é ser realmente amada
sem ser segurada
por um alguém
que nem me vê,
nem pessoalmente, nem nos sonhos
nem... nem na memória.
Ao menos é isso que me faz imaginar.

Todo mês,
chega-me um cartão postal,
é sempre bonito,
comprado em alguma banca de revista...
É sempre um cartão daqueles
tão enfeitados que se fossem guardados até dezembro
serviriam como lembrança de natal.

Vem com umas poesias bregas
ou uns poemas
daqueles mais arcaicos.
Eu até gosto, para ser sincera.

Mas o que me mata
por dentro
e aos pouquinhos
é essa sensação
de abajur.

Sensação de ser aquele
abajur verde oliva,
que a sua tia de segundo grau
te deu de presente
no último natal...

Você nunca ligou o abajur,
só uma vez, quando ela te visitou.
E nem foi você!
Foi o seu sobrinho pentelho,
para ver se o presente prestou.

Ah, então, deixe-me voltar para aonde estava...

O abajur verde oliva:
eu me sinto como ele,
porque você o tem ali
quietinho a te esperar, paciente.
Para quando precisar usar,
para ler um livro, estudar...
Aí, você precisa:
acende e depois,
dorme,
esquece-o ali empoeirando
e se desgastando
só olhando você dormir.

Mas ainda estou em uma situação pior!
Nem ver-te a noitinha posso,
ou a hora que for...
Você, do outro lado do continente,
esqueceu-me e nem pela internet
me diz o que sente...

Oras, me cansei!

Nem sei se você se importa,
mas escrever me trás
uma sensação de coragem,
de força,
de ser capaz de acabar com esse mal
que você anda me fazendo
(talvez até, sem nem saber que faz)

Vou fazer assim,
a partir de hoje,
não vou ler mais
seus cartões postais.
Quando chegarem,
envio pra Tailândia,
ou pra Uberlândia...
tanto faz.

(Sarah Magalhães)

domingo, 24 de junho de 2012

Sem nostalgia

Sem nostalgia hoje...?
Mas todo dia tem um quê de nostalgia.

Gosto de recordar aqueles dias, 
ou umas boas poesias, 
aquelas mordidas, caretas, carinhos, conversas...

Gosto muito de tentar te agradar,
porque amo te fazer me amar:
com besteiras
com docinhos
com beijinhos
com carinhos
com sorrisos
com amor...

Queria que essa fosse mais uma poesia
que te trouxesse alegria,
mas desta vez sem a sessão de nostalgia...

Mas não dá...
Não dá para falar de agora
sem lembrar do que já passou.
Não sei dizer "Eu te amo"
sem lembrar que também me amou
e porque amou
e quando foi...

Talvez a minha maior alegria,
será te escrever uma canção
e poder cantar todinha pra você,
do fundo do meu coração.

Alguns dizem por aí
que eu tenho o dom...
De escrever, de encantar, de cativar,
de cultivar o que há de bom...
Fico toda metida,
mas sequer sei se é verdade,
já que a canção que um dia te escrevi...
larguei num canto
pela metade.

Mas para parar 
de remoer o passado,
a 'fita' vou acelerar...

tsss tsss tsss tsss

Hoje em dia ninguém mais usa fita,
mas eu achava divertido.

Eu também penso no futuro,
não me prendo a um tempo passado...
Porque bem, 
para escrever o que passou,
não se precisa de tanto 
imaginar, criar, pintar, desenhar
(na verdade precisa, mas vou deixar essa passar)

Agora, quando se olha para frente
com os olhos da imaginação...
Aí é que a farra começa 
e quer chamar atenção.

Eu mesma, as vezes fujo
da rotina
do tempo
e se pudesse 
até do espaço fugiria...

As vezes viajo
e me imagino contigo
dividindo um apertamento
meio básico, com um ar amigo.

Imagino a gente 
na cozinha
na varanda
no quarto
na sala de estar...

Imagino até você me esperando para o jantar,
sentado numa poltrona cor de berinjela
e terminando de ler mais uma revista 
daquelas suas de mangá.

Ou no fim de semana, me abraçando
e perguntando qual será 
o prato do dia
que eu vou te preparar.
E eu respondo com um beijinho
que é melhor você esperar,
por algo doce como brigadeiro
e quente como acarajé.
Gostoso como tapioca
e crocante como cookie.
Diferente como picolé de jabuticaba
e tranquilizante como mel.

Ah, sei lá... 
vou inventando um monte de besteira pra falar
e te enrolar.
Pra te levar pra um cantinho tranquilo, só nosso.
Pra gente esquecer dos problemas,
                   dos dilemas
                   dos floemas
                   dos edemas
Pra eu parar de falar besteira,
quando você realmente não mais aguentar...

Pra gente viver nossos dias,
escrever novas poesias.
Pra você compor uma melodia
e eu escrever o resto da canção.

Para que tudo que eu imagino um dia se realize,
eu sempre faço uma oração:
Pedindo paz, saúde, alegria, amor...
Desejando que os meus sonhos 
algum dia
tenham alguma veracidade
e se tornem no futuro,
novos dias de nostalgia,
dos quais irei sentir saudade.

(Sarah Magalhães)

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Um lar

Não conto mais segredos
nem me distraio mais não.

Eu ouço a minha vida.
Escrevo uma cantiga.
Tento ouvir o coração.

Procuro um abrigo quente,
aonde eu possa repousar.

Um lugar que me alimente
de amor, alegria e mar.

Um lar.

(Sarah Magalhães)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Escrever

Pode até parecer impessoal o que digo,
o que rimo,
o que escrevo...
Fico feliz que pareça, acredito que
seja uma qualidade textual.
Fico feliz,
mas nao o suficiente.

Preciso dos teus olhos nessas linhas,
percorrendo os meus ditos sentimentos...

Do que adianta eu escrever belas cartas,
belas rimas, para você...
Se não é você quem lê,
se não é você quem gosta,
se não é você...
E se nao for você? De que me servirão tão belos textos?
De que me servirá tantos leitores?

Não me faz sentido escrever para você,
se você não me lê...

Mas não canso de escrever meus amores e sentir minhas dores e pensar em você.

(Sarah Magalhães)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dias dos namorados




Araras apaixonadas
aos olhos de pessoas sensibilizadas
pelo terno amor dispersado
nesses dias dos namorados.

Nesses dias mesmo, 
no plural.
Porque se são namorados
e há amor,
todo dia é dia dos namorados,
não importa que data
o comércio quiser impor.

Para alguns,
apenas papel dobrado.
Para alguns outros,
pássaros apaixonados. 

Essas são ararinhas
de origami,
feitas pela minha irmãzinha
para quem quer
que ame.

(Sarah Matos Magalhães)

sábado, 9 de junho de 2012

Saudade

Ficar te esperando
em frente ao pc.
Aguardando seu email
como em filmes da tv.

Ligo essa geringonça.
Abro a caixa de entrada:
olho espero atualizo a página.
Não há email, não há resposta, não há nada.
Há amor.
Há distância.
Há tudo em abundância...
tanto carinho como mal jeito,
tanto amor como preconceito.

Eu sinto saudades tua.
Sei que sou ansiosa.
Sei que me ama calma ou nervosa
e que me olha de um jeito só teu.

Estou pensando tanto em você, em como está.
Não sei se ri, se chora, se varia entre as emoções.

Sei que te quero muito bem
e quero continuar sentindo 
angústia saudade medo 
desespero esperança amor.
Para receber uma notícia sua e vibrar 
como se uma medalha de ouro 
acabasse de ganhar.

Quero para sempre o nosso vínculo.
Não vejo posse,
só o que vejo é cumplicidade
e o que mais sinto,
se chama saudade.

Saudade boa,
saudade com amor,
dessas que a gente sabe 
que só aparece para fortacer nosso laço...

E que no reencontro,
esmaga-se em um abraço.

(Joana Marques)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Amoresia

Para você poder me ver a noite
antes de dormir,
vou tirar uma fotografia,
usando a amoresia,
que é a mais nova tecnologia
para salvar imagens de amor.

Revelo o retrato
e peço ao meu anjo,
que ao encontrar com o seu
leve a imagem com um sorriso meu.

Para que antes de dormir,
tenha uma lembrança boa para olhar
e que te faça feliz.

Eu espero o meu anjo voltar
ainda a noite 
com a notícia para me contar:
entregou o retrato num ato
ao seu anjo dourado
que voou e te entregou.

O sorriso meu
provocou outro seu.

A amoresia o espaço transcendeu,
o tempo e os planos percorreu.

Não deixou desconsoladas
duas almas apaixonadas.

Antes dos meus olhos fechar para dormir,
uma terna voz ainda pude ouvir...
Era o meu anjo, que bem baixinho
ao meu ouvido estava a falar:

"Foi bom perceber que há um puro amor em seu peito, 
ao encontrar-me com o anjo dourado, 
pude perceber que o sentimento é compartilhado.
Quero ter parte da responsabilidade
na história distante que se iniciou
e que uma parte do trajeto, até os anjos percorreram.
Nós colaboramos, querida,
para não se deixar apagar
um amor como o seu." 


            (Sarah Matos Magalhães)

domingo, 3 de junho de 2012

No meu quarto

Eu abri a janela para entrar um vento...

o vento entrou
o quarto esfriou
a chuva caiu

o vento cantou
a quarto escutou
e uma folha caiu

Fechei a janela
mas o vento a abriu.
Deixei.

Cansei da tristeza que entrou pela janela
não deixo mais que me toque.
Me protejo com meias luvas e cobertor
quentinho como um amor.

Um certo amor...

(Sarah Magalhães)

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Amor

Não acho preciso,
tanta precisão.
Quando se quer um amor,
não adianta calcular,
cronometrar...
Apenas sonhar é preciso,
para acordar derrepente
Por um lindo sorriso.

                (Carina M.)

terça-feira, 29 de maio de 2012

Bom tempo

Ora, ora, ora, ora
Enquanto o vento leva embora
todas as mágoas e as angústias
O sol se abre para o amor
traz a alegria e o esplendor
de que necessitam nossos corações.

A brisa que bate na janela (de madeira)
logo cedo, ao amanhecer
Me traz um cheiro de canela
e me faz lembrar de você.

                (Sarah Matos Magalhães)