domingo, 10 de novembro de 2013

Novembro

Sem versos e rimas e poemas,
mas peço, paciência, porque férias
até a poesia tem.

As páginas meio empoeiradas 
do Caderno Descolorido
estão até bem coloridinhas
com histórias engraçadinhas...

Folheie aí, até dezembro...

Dezembro chega logo,
com mais versos e rimas e poemas...

Não esqueça o Caderno num canto qualquer,
porque férias, até a poesia quer.


Rsrsrs...

Com carinho, Sarinha.

domingo, 20 de outubro de 2013

Vício em verso


Todo mundo tem um vício,

mesmo que não saiba.

Tenho vício por sorrisos
e os encaixo nos meus versos,
mesmo que não caiba.



(Sarah Magalhães)

terça-feira, 8 de outubro de 2013

O beijo do palhaço

Estava ali assistindo ao espetáculo,
junto a alguns amigos do karate,
mas o sol me incomodava
e sob uma árvore fui me esconder...

Para que?

A palhacinha não me encontrou!?
E fui parar no picadeiro:
as crianças, vovozinhas, celulares 
e cachorros me olhavam o tempo inteiro.

Que vergonha, nem deu tempo de arrumar o cabelo...

Conversa pra cá,
conversa pra lá...
Eu um pouco agoniada...

Quando vou me despedir
surpreendo-me 
com uma palhaçada, estalada.

Ai, que vergonha. 

Voltei para a minha sombra
em meio a várias risadas
e com as bochechas coradas.

(Sarah Magalhães)


Poesia inspirada no espetáculo dos palhacinhos Aipim e Macaxeira, em uma apresentação de "Dia das Crianças" no Guará. Espero que tenham gostado dos versos tanto quanto gostei das palhaçadas. Se não tiver assistido ao vivo e quiser dar umas risadas... Eis o vídeo: 

Por quê?
 Macaxeira, eu e Aipim em uma praça guaraense.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Bamboleando

Bambolear é arte,
é um jeito da criança de brincar,
é molejo e jogo de cintura,
é fazer o mundo girar...

Bambolear é alegria, é cor, é vida
e inspiração para poesia.

Quando se trocam sorrisos espontâneos 
entre tios e sobrinhos, avôs e netinhos,
entre filhos e pais...

Usando a criatividade
ao cortar
mangueiras e mangueiras 
para bambolear.

Preenchendo com arroz ou feijão
o bambolê que é meio leve.

Parando na hora do almoço
para o arroz com feijão que a mamãe serve,
a gente sente o quanto vale a infância.

Com as crianças que vivem na gente,
aprendemos que às vezes
bambolês significam muito mais
que um cheque de dinheiro,
vídeo-games ou roupas de marca.
Bamboleando a gente lembra
que uma parte da gente ficou na infância
e que não precisa continuar lá...

Então, por que não, sairmos ao quintal para bambolear?

(Sarah Magalhães)





 




Fotografia: Evandro Júnior

domingo, 6 de outubro de 2013

Doce ler

Sonhamos acordadas em devorar nuvens...
Só por conta da tola imaginação.

Mente de criança é muito louca,
acredita em batatinhas espalhadas pelo chão,
acredita em bicho papão no guarda-roupa,
acredita em tudo o que a gente conta...

Sonhamos em caminhar nas nuvens, descalças,
sentindo a fofura do algodão.
Sonhamos em descansar sentadas lá no céu,
aproveitando a doçura da nuvem de imaginação.

Crescemos sonhando em devorar nuvens,
alcançar as estrelas, comer um teco do queijo lá do céu!

Crescemos apenas em tamanho,
a mente, tola como de criança,
ainda está passeando pelo céu,
entre as nuvens e as linhas desse papel.

(Sarah Magalhães)

Deixo aqui em itálico, meu muito obrigada, Lele, pela inspiração <3


Fotografia: Evandro Júnior

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Instantes da vida

Eu caminhei uns dez minutos
entre praças ensolaradas.
Sentei num banco sob a árvore
para descansar a alma.

O céu ainda era azul
e a minha blusa cor-de-rosa.

Meu pensamento voava distante...

Em um instante
um pássaro
em mim
descartou
sua bosta.

O céu ainda era azul
e minha blusa não mais cor-de-rosa.

(Sarah Magalhães)

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A gente sabe o que é amizade?

A gente conta pra amiga em segredo
que beijou aquele boy magia no banheiro...

A gente divide o lanche no intervalo
e ainda divide o chiclete ao meio de sobremesa...
Às vezes todo babado.

A gente xinga também,
porque afinal, somos humanas
e somos amigas... É assim.

Se xinga de vaca, fica indignada,
não entende nada...
No final se abraça.

O abraço sela essa amizade tão maluca.

Toda a amizade tem as suas maluquices.

Algumas mais que outras... Rsrs

E isso não foi ninguém que me disse,
eu mesma percebi, vendo a gente crescer:
ora próximas, ora distantes...

A gente marca então de se reencontrar,
colocar o papo em dia, descontrair...
Aproveitar o dia...
Tudo bem, 16hs a gente se encontra lá!

E nos encontramos,
sem muito papo,
de blusa, colete, colar,
bolsa, calça jeans
e calçado, tudo igualzinho!
Um perfeito par
descombinado.

Acontece...
Parecendo gêmeas
infinitamente diferentes,
somos amigas...
Disso a gente entende.

(Sarah Magalhães)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Conquistando flores

Essa história de conquistar...
Quem foi que inventou?

O homem sempre tem que roubar o coração da amada?
Se ela toma a iniciativa, passa por ''atirada''...

Conquistar...
Apaixonar...
Encantar...
Amar...

Rimar?

Não sei qual o segredo da conquista,
mas conto para vocês, como mulher,
que uma rosa vermelha rouba (se não o coração)
um sorriso sincero, onde se estiver...

(Sarah Magalhães)









Essa foi uma poesia dedicada ao Nicholas, que conquistou em um instante todas as meninas ao seu redor, com rosas vermelhas, sorriso sincero e espontâneo amor!
Obrigada!



segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Praça do Índio

Fruto de muito estudo e pesquisas realizadas no decorrer da 5ª Olimpíada Nacional em História do Brasil, os textos a seguir foram produzidos com o objetivo de compartilhar um pouco do que é a Praça do Compromisso e qual a sua importância histórico-cultural para Brasília.
Obrigada Giulia Bacarin, Larissa Gali e Rafael Borges por entrarem na onda e serem uma equipe tão fantástica! E obrigada papai e Juninho por me ajudarem com as fotografias!
Ah, é claro que esse trabalho também rendeu uma poesia! Rsrsrs Espero que gostem!

            O Distrito Federal abriga desde pequenas pracinhas entre as quadras residenciais até a grandiosa Praça dos Três Poderes, que abriga os poderes supremos da República.
         Porém, muitas vezes distante dos olhares da população - na Asa Sul da cidade-avião, entre as quadras 703 e 704 - encontra-se a Praça do Compromisso, também conhecida como Praça do Índio.
          Inaugurada em memória ao assassinato do índio pataxó hãhãhãe Galdino Jesus dos Santos, a praça guarda duas esculturas criadas gratuitamente pelo artista Simon Franco, os monumentos representam uma pessoa sendo queimada e uma pomba.
          As obras, localizadas no centro da praça, remetem ao índio que foi queimado vivo por cinco rapazes de classe média de Brasília enquanto dormia na parada de ônibus na madrugada do dia 19 para 20 de abril de 1997.
          Símbolo do fim do isolamento temporal do fato, a praça imortaliza o apelo por paz e respeito.


          Entre os traços brasilienses e as curvas formadas entre a arquitetura e o pôr-do-sol, entre as pontes dispostas sobre o lago Paranoá, as torres de televisão, Praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios, Memorial JK, Panteão... Entre os maiores monumentos da capital, encontram-se importantes peças formadoras da identidade cultural candanga. E entre as quadras 703 e 704 da Asa Sul, na simples Praça do Compromisso, há pequenos monumentos com gigante significância histórico-cultural e ainda muito desconhecidos pela população nacional.
          As esculturas que representam uma pessoa em chamas e uma pomba, localizadas no centro da Praça do Compromisso e criadas pelo renomado artista goiano Siron Franco, simbolizam um evento histórico que estampou manchetes de jornais em abril de 1997: o assassinato do índio pataxó hãhãhãe Galdino Jesus dos Santos.
          O índio Galdino foi queimado vivo por cinco rapazes de classe média de Brasília enquanto dormia em uma parada de ônibus da Asa Sul. Os rapazes fugiram e Galdino morreu horas depois com 95% de seu corpo queimado. Um chaveiro que passava pelo local no momento do crime anotou a placa do carro no qual os rapazes fugiram após atearem fogo no índio de 44 anos.
          No dia anterior ao incidente, 19 de abril - Dia do Índio, Galdino chegou a Brasília para participar de congressos em reivindicação à terra indígena Caramuru-Paraguaçu que estava em conflito fundiário com fazendeiros no sul da Bahia. Ao final do dia 19, não pode entrar na pensão em que estava hospedado e procurou no banco da parada de ônibus um abrigo para passar a noite. O motivo do assassinato tornou-se questionamento nacional, levantando-se hipóteses quanto a intransigência com o diferente, a violência banalizada e quanto ao respeito a dignidade indígena.
          Popularmente conhecida como Praça do Índio, a praça carrega esculturas que representam o fim do isolamento temporal do assassinato de Galdino e mantém vivo o compromisso de respeito as diferenças.



Leia a poesia Sobre o valor da vida, também fruto desse trabalho! (:
Com carinho, Sarah Magalhães.


domingo, 22 de setembro de 2013

Sobre o valor da vida

Faz algum tempo...

Que na parada de ônibus,
Galdino viu sua vida,
como fogo, se apagar...

Fechou seu olhar de desespero para o mundo...
Silenciou.
E para a história de Brasília entrou.

Já faz uma vida desde que que isso aconteceu...
Um ano depois que nasci.

Sinistro, esse fato ainda me faz refletir 
sobre o valor que Galdino recebeu...

Muito se repercutiu na época... 
Sobre índios, mendigos... Minorias...

Triste isso,
porque
para mim
toda forma
de vida
valia...

Besteira é querermos taxar tudo,
até o valor da vida...
Triste, feliz, branco, preto, azul... 
Rico, pobre, cristão, judeu...
Anão, alto, gordo, magro,
gay, lésbica, criança, adulto...

Todos tem um coração pulsante,
prontos para serem quem são:
independente de cor, classe social,
gosto musical, orientação sexual,
etnia, tipo físico, cor preferida, religião...

Independente de estarem dormindo confortáveis em suas casas
ou ao relento, em uma parada de ônibus, em um canto no chão...

Independente disso tudo, todos temos um valioso coração.

(Sarah Magalhães)



sábado, 21 de setembro de 2013

Sobre amor ou álcool

Construí ontem
um edifício de palavras...
Com todos os elogios
e descaramentos que me falou...

Você sorria entre as frases,
depois bebia um conhaque
e ainda falava de amor.

Eu nem sei bem,
o que é realmente amar...
Amar um amor fervoroso,
deixar-se apaixonar e sentir
se surpresa, um frio na barriga
e o coração palpitar.

Eu sei que ouvir você bêbado
falando besteiras
foi divertido...

Não apaixonei-me, ainda bem...
Mas por algumas horas
de conversa fiada,
me senti querida...

Talvez apenas uma paixão fantasiada...
Ou melhor, embebedada.

Depois fui eu quem bebi
e acordei, meio tonta,
sem ver você e sem sentir...
amor.

(Sarah Magalhães)

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Brasília


Oi
Eu no mirante da Torre de TV, ao fundo o pôr-do-sol e ao lado
um pedaço da Renata,  uma brasiliense-paulista que conhecemos
pelo caminho rs
    Um dia desses saí com minha amiga Maria Vitória, que é de Sertãozinho-SP, para tentarmos gravar uma vídeo-poesia e aproveitar para tirarmos várias fotos nesse tempinho de férias que ela passou aqui (em Brasília-DF) . Foi muito bom ter alguém louca o suficiente para pilhar minha ideia e paciente o suficiente para me filmar, muito obrigada Maria! <3
    O resultado foram as fotos que vou postar logo abaixo, muitas gargalhadas e aventuras, muitas conversas, pés doloridos ao final do dia e é claro, a tal vídeo-poesia...
    "Poesia em forma de Brasília" vocês podem já conhecer, mas com essas fotografias, vale a pena rever (:

 

 
Veja mais fotos na Página no Facebook.




Poesia em forma de Brasília em vídeo...


Eu e a flor que gravou tudo e não apareceu no vídeo

Meu muito obrigada a Maria por animar e filmar, ao Evandro Júnior, que me emprestou a câmera e a Paula Évelyn por me ajudar com as musiquinhas de fundo! <3 E é claro, mamãe, obrigada por aguentar todos os meus "Assim tá bom?" Rsrsrs :3



Espero que todos tenham gostado desse trabalho pelas curvas brasilienses!
Com muito carinho,
Sarinha.

sábado, 13 de julho de 2013

O amor de Lara

Era uma vez uma história de amor...

Uma história platônica,
entre uma menina e um jogador.

Lara é o nome dela,
atleta, loira, encantadora e bela.
Ainda no ensino médio,
mas com a mente lá no futuro.

Estuda loucamente
e na capa do caderno
tem o jogador Bruno.

Sabe essas paixões platônicas?
Aham... Bem assim.

A menina se derretia
de amores todos os dias.

Até que então, aqui em Brasília
foi assistir ao jogo da seleção...

Eu não fui, não sei como foi,
mas Larinha deve ter ficado rouca
de tanto gritar e torcer pelo seu amado.

Seu e de tantas outras,
sabemos nós.

Muito bem, que legal!
O Brasil ganhou, sensacional!

Melhor que isso
foi o presente que Lara recebeu...

Encontrou enfim o amor da sua vida
e esse momento eternizou-se
na sua foto mais querida.

Um presente para Lara,
com muito carinho, Sarinha. 



  


sexta-feira, 5 de julho de 2013

Feijoada Beneficente


Oi minha gente!
Hoje vim aqui convidar
todo mundo para participar
de uma feijoada beneficente.

Esperem que eu vou explicar...

Eu treino karate já faz um tempão
e uma equipe da minha academia
está arrecadando dinheiro 
para poder viajar para o Japão.

Domingo agora, dia 7,
vocês não podem perder,
vai rolar a feijoada
da equipe mais linda de karate!

Eu sou suspeita para falar,
mas com certeza 
com esse almoço 
você vai se deliciar!
Rsrs..

O convite custa 20 reais,
pode comprar comigo agora 
ou na entrada, tanto faz!

Para os guaraenses de plantão
é só chegarem ao CAVE
e já vão ver uma faixa de indicação.
A feijoada é no CCI,
que fica entre o Ginásio 
e a Casa da Cultura.

Espero vocês por lá, com convites,
feijoada, música, poesia e ternura! <3

Com carinho,
Sarinha.