quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Esquisito

Hoje foi um dia esquisito:
Passei em um sinal vermelho,
ultrapassei a velocidade.
Deixei cair meu sorvete,
bem na carteira de identidade.

Não sei o que aconteceu.

Tão acordada! Tomei café!
(isso porque costumo tomar chá ou um suco qualquer)

Vai ver pra viver seja um requisito,
ter alguma vez um dia esquisito.

Sarah Magalhães


segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Sobre um simples sentimento

O amor não tem religião.
Pode ser confuso,
mas não tem preconceitos.

Amor é simples, é lindo.
Ainda mais quando é lido!

Amar é sinestesia.
É uma invisível poesia.

Amor, não tem jeito...
É um sentimento perfeito.

Sarah Magalhães

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Versos para mamãe

Eu sei que meu cabelo é como o seu,
o meu nariz também
e o sorriso é igual.

O nosso jeito de falar se esbarra
e o seu jeito de falar me ampara.
Muitas vezes, sem nenhum verbo
ouço-te em minha mente:
"Anda Sarah, siga em frente!"

Eu sigo
     sigo seu exemplo
     se gosto de Quixote, Drummond e Jorge
Li-os em ti em algum momento.

Espero que leia em mim,
uns versos seus.

Porque nunca me sinto sem você,
é disso que estou tentando escrever...

Da felicidade de ser, sua filha.

Amo você!

Sarah Magalhães

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Fim de tarde no jardim

Brisa de lugar algum...

Paira no ar
um cheirinho de fim de tarde.

E para em mim
Um sentimento de saudade.

Da orquídea perfumada
que o cerrado guardou.

Sarah Magalhães

domingo, 10 de maio de 2015

Mãe, uma borboleta pousou aqui!

Uma borboleta pousou em mim para lembrar
que hoje é dia das mães, não posso deixar passar!

Outro dia escrevi sobre vó...
Tão especial que não cabe em um verso só.

Mas hoje é dia das mães...

Vou falar um pouco sobre a minha,
que é meu modelo de vida,
é cozinheira, professora, motorista,
amiga, conselheira e é linda!
É dona do seu mundo, é independente e cronista.

Talvez ela não tenha percebido
quão boa são as crônicas que sempre tem para contar.
Um só dia de trabalho já é rico em detalhes,
são tantas histórias, que até pego emprestadas para poetizar.

Minha mãe escreve história pelos dias,
pelos bolos, biscoitos, tortas,
receitas que só ela faz!

E me inspira a escrever meus versinhos
para não guardar só para mim sentimentos demais.

Aprendi com a minha mãe
que, belo como o pousar de uma borboleta,
é o saber compartilhar sentimentos bons
a partir da ponta de uma caneta.

Com amor e carinho,
Sarinha

Feliz dia das mães!

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Poema louco

Meu pai é tão louco,
que nem sei se cabe em uma poesia só.

Loucura que presencio a vida inteira
desde quando eu ainda tomava mamadeira.

Papai é louco por futebol,
não perde nenhum jogo do Cruzeiro.
Muito menos do meu irmão,
mesmo que para assisti-lo
precise dirigir por um dia inteiro.

Papai é louco pelas filhas,
acompanha tudo o que elas inventam:
campeonato de iô-iô, aula de teatro, aula de crochê,
time de futsal, natação, aula de atletismo,
festa com bolha de sabão, campeonato de karate...

Um dia, quando eu era bem pequena
no Parque da Cidade estava a brincar,
meu irmão quis ir no clássico Foguete
mas no meio do caminho resolveu parar.

Toda a conversa era pouca
e só saiu de lá quando meu pai subiu para buscar.

Meu pai é louco por doce de amendoim
e ái de mim se depois do almoço
não tem nem um docinho.

Claro, depois uma água bem gelada
e um cochilo também caem muito bem.

Meu pai é louco por plantas e animais.
Cuidar da horta da vovó, ele acha bom demais!

Papai é louco por um café
e diz que o dele não é tão bom
quanto o da mamãe é...

Pior que tenho que concordar,
o café da mamãe deixa um aroma
de amor no ar.

Ah! Papai é louco também pelas netinhas!
Ele gosta de estourar pipoca com
a panela sem tampar,
só para chover algumas pipoquinhas
e ver a Clara gargalhar!

Papai é louco,
pensa que é criança!
Trabalha o dia inteiro
mas nunca se cansa.

Falei no começo que talvez
uma poesia fosse pouca para recitar
que outro pai, louco como o meu,
certamente ninguém encontrará.

O meu pai,
é louco demais.

E eu,
sou louca por ele.

Com todo o amor que tenho em mim (depois de dezenove anos de loucura, quer dizer, amor, recebido) feliz aniversário papai, você é o meu louco preferido!
Beijocas, Sarinha

sábado, 2 de maio de 2015

Doce de vó

Vó.
Duas letras só.
Duas vezes mãe.
Ou mais...

Vó é sempre forte e sábia.

Vó, de onde eu saiba,
é a flor de pétalas rosas, doces e suaves.

Às vezes ásperas, bem-humoradas,
a flor cheia de pétalas com perfume de doce de leite,
de chá da tarde, textura de colcha de retalhos,
daquela manta quentinha...

Vovós...

Vó Tuta, Vó Mariza,
Vó Anita, Vó Dinha,
Dona Lucca, Dona Maud, Dona Vera...

Ser tudo isso por um dia,
quem me dera!

Com todo o amor e carinho que cabem em uma neta,
Sarinha.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Poemas sabem voar?

Porque se sabem,
quero ser poema.

Quero bailar leve
como as borboletas.

Quero das flores
seu perfume e beleza.

Não quero ser efêmera...

Quero a força e eternidade
das letras.

Sarah Magalhães

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Repoetizar

Reviver o espaço poético
outrora abandonado.

Nunca esquecido,
embora abandonado.

Reflorescer
simples, forte e delicadamente
a poesia,
que até outro dia
eu aqui escrevia.

Voltei para aquarelar
o meu Caderno Preferido.

Sarah Magalhães

terça-feira, 3 de março de 2015

Doce ou poema?

Queria um poema doce
feito leite com canela.

Tentei fazer o leite,
não consegui.

Vim para o poema...
Derramei-o aqui...

Vou dormir.

-Sarah Magalhães

sábado, 10 de maio de 2014

Coração intruso



Quem falou em se apaixonar?
Eu não fui, nessa história não vou me enrolar!

Quem disse que para viver uma paixão 
é preciso se dar permissão?

O coração é dono 
do Seu próprio nariz.

Não adianta fazer esforço,
porque quando for perceber...

Ele já fez tudo o que quis...

Apaixonou-te.

Agora então aproveite
as travessuras do coração
mandando no seu nariz e seja feliz.

(Sarah Magalhães)

sábado, 3 de maio de 2014

A rua moderna

As casas na rua se olham.
Janelas abertas silenciam.

Cadê as senhoras sentadas à porta,
curiando a vida alheia com o vizinho?!

Cadê as crianças brincando na rua,
pique-pega, esconde-esconde, amarelinha,
bete, pular corda, queimada e pique-bandeirinha?

A cadeira de balanço balança ao vento,
num embalo lento e solitário.

Dentro das casas, o que se passa?

Pela janela o vento espia e volta para avisar:
As senhoras, sentadas estão,
algumas atentas à televisão.

As outras, já meio tortas,
sentadas em frente a uma engenhoca
que lhes oferece janelas virtuais
para poder espiar a vida daqueles
com quem costumavam conversar.

Mas o vizinho está bem acessível,
do bate-papo não costuma sair,
o máximo que acontece
é ficar invisível quando sai para fazer xixi...

A rua não tem mais vida.

De bicicleta, só o carteiro passa.

Mas... Para que tanta carta?
Todos estão online.

(Sarah Magalhães)


sábado, 1 de março de 2014

Contando em japonês

It Ni San Shi
Na primeira semana de treino aprendi.

Um Dois Três Quatro
Nem pense em pisar no tatame de sapato.


Go Roku Shitchi Hatchi
A base do kata Sanchin é a importante sanchin dachi.

Cinco Seis Sete Oito 
Para treinar não dá para ser preguiçoso nem afoito.

Kyu Jyu
Deve-se buscar o equilíbrio nos ensinamentos de Kanbum.

Nove Dez
Contar em japonês é facinho até dez...


O Katate Uechi-Ryu é uma arte marcial oriunda de Okinawa (Japão) e desenvolvida pelo mestre Kanbum Uechi. Inicialmente chamada "Pangainun-ryu Todi-jutsu (meio-duro e meio-mole)" foi renomeada em homenagem ao seu fundador. 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Karate é poesia agora?!

Hi queridos! Hoje tenho novidades! haha
Vou fazer uma temporada de posts poético-marciais, tentando unir a arte de escrever à arte marcial Karate, já que pratico as duas, talvez dê certo... Digam-me o que acham!

Vou começar contando um pouco
de tudo isso...
Quais são meus planos...

Antes do Caderno Descolorido,
joguei na rede o "Karate On"
para falar do Karate Uechi Ryu...

Aos poucos deixei ele de lado, empoeirado.

Mas agora acho que reanimei,
porque a poesia e o karate
muitas vezes são vistos com alguns mitos
e com preconceito...

Talvez eu consiga desmistificar um pouco disso
e contar umas curiosidades, ou simplesmente conversar
sobre o que amo praticar.

Então, aguardem as poesias que dirão
sobre como poesia não precisa ser arcaica
e como lutar não é só para os caras fortões.

Eu misturo palavras esquisitas numa estrofe
e aplico um adjetivo mais esquisito ainda,
rápido como um golpe.

Eu tento me esquivar numa luta
e contra-atacar com versos
a amnésia que me dá
na hora que pego papel e caneta
para poetizar.

Até logo senhoritas e senhoritos,
voltarei com muitos versos
e o que mais eu conseguir ir produzindo.

Com carinho, Sarinha.



domingo, 16 de fevereiro de 2014

Planos para fevereiro

Será que esse seria,
um fevereiro sem poesia?!

Talvez dona Sarah estivesse
apenas pensando em algo diferente
para publicar...

É interessante unir a arte ao mundo real,
eleger a ela uma função social.

Gostei da ideia.

Em fevereiro então,
é provável que você leia
um bom
poema de atitude
ou um
verso sobre educação.

A sutil educação de se viver,
de saber aproveitar a saúde
e de doar sem buscar algo em troca.

Esse mês por aqui,
talvez você leia
alguns versos que te impulsionem
a levantar da cadeira.

Com carinho, Sarinha.