quinta-feira, 28 de junho de 2012

A poesia do mês





O Caderno Descolorido comemora um mês de existência e para a minha alegria, com 1000 acessos completados!
Muito obrigada a todos que acompanham esse caderninho, espero que continuem curtindo.
Depois de muitas poesias "do dia" compartilhadas por aí, escrevi A poesia do mês, aonde os dias tentei resumir.


A poesia do mês

Cada palavra publicada
neste caderno
(pelo Google dito "Descolado")
é escrita com muito carinho,
para tocar o leitor
como um terno abraço,
ou para alegrar o amigo
que estiver ao seu lado.

Cada vez que escrevo algo novo,
gosto de ler baixinho, quase sussurrando,
depois mais alto, para quem estiver passando.
E a minha irmã que o diga,
pois já está cansada de tanto me escutar
pela casa com os versos a recitar...
Fala até que não tenho amigos,
e que por isso me prendo nos livros
e com as poesias
me ponho a conversar...

Converso mesmo.

Mas com esse blog,
não converso sozinha:
cada acesso a mais por dia
traz-me enorme alegria.

Eu fico daqui,
tentando imaginar
o que será que se passa
pela mente de quem vem
o caderninho folhear...

Não sei bem.
Podem me contar a qualquer hora,
na rua,
no mercado,
na padaria,
no shopping...
Ou por uma mensagem particular,
tem também a página no facebook,
o twitter e o tumblr,
depois olha lá...

Esses versos de hoje
são mesmo para agradecer
a todos que por aqui passam
e que costumam as poesias ler.

Em apenas um mês,
me surpreendi
com quanta gente diferente
tem passado por aqui.
E esse é o meu maior presente,
o melhor retorno.
Quebra um pouco daquele medo,
do friozinho na barriga,
de escrever em vão...
escrever para ninguém ler.

Estou muito contente
e não não vou abandonar 
esse caderninho
o qual escrevo cada página
docemente.

Além dos meus versos 

de agradecimento aqui escrever,
também um pedido gostaria de fazer:
Compartilhe com um amigo
a página do Caderno Descolorido.
Fique a vontade 
para me mandar uma mensagem
comentando alguma postagem
ou apenas deixando um "Oi",
continue acompanhando o que digo
por meio dos versos escritos
e se tiver alguma história de amor (ou horror) para contar,
eu vou gostar de escutar,
quem sabe até com uma poesia
sobre a tal história eu volte 
para recitar.

Jogarei verbos
nessa estrofe para
agradecer comemorar
amar terminar 
e depois continuar.

(Sarah Magalhães)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Efeitos

Qualquer olhada tua
pode me fazer sorrir.

Qualquer olhar a lua
pode me fazer dormir.

Cada brilho, cada luz.

Cada brisa
Cada vento
Cata-vento
Alegria

Cada coisa
Cada dia

Cada um
Na poesia

(Sarah Magalhães)

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Estou

Estou
com sono
cansada

Estou
pensando em você
querendo te ver

Estou
tentando rimar
só para te agradar

(Sarah Magalhães)

domingo, 24 de junho de 2012

Sem nostalgia

Sem nostalgia hoje...?
Mas todo dia tem um quê de nostalgia.

Gosto de recordar aqueles dias, 
ou umas boas poesias, 
aquelas mordidas, caretas, carinhos, conversas...

Gosto muito de tentar te agradar,
porque amo te fazer me amar:
com besteiras
com docinhos
com beijinhos
com carinhos
com sorrisos
com amor...

Queria que essa fosse mais uma poesia
que te trouxesse alegria,
mas desta vez sem a sessão de nostalgia...

Mas não dá...
Não dá para falar de agora
sem lembrar do que já passou.
Não sei dizer "Eu te amo"
sem lembrar que também me amou
e porque amou
e quando foi...

Talvez a minha maior alegria,
será te escrever uma canção
e poder cantar todinha pra você,
do fundo do meu coração.

Alguns dizem por aí
que eu tenho o dom...
De escrever, de encantar, de cativar,
de cultivar o que há de bom...
Fico toda metida,
mas sequer sei se é verdade,
já que a canção que um dia te escrevi...
larguei num canto
pela metade.

Mas para parar 
de remoer o passado,
a 'fita' vou acelerar...

tsss tsss tsss tsss

Hoje em dia ninguém mais usa fita,
mas eu achava divertido.

Eu também penso no futuro,
não me prendo a um tempo passado...
Porque bem, 
para escrever o que passou,
não se precisa de tanto 
imaginar, criar, pintar, desenhar
(na verdade precisa, mas vou deixar essa passar)

Agora, quando se olha para frente
com os olhos da imaginação...
Aí é que a farra começa 
e quer chamar atenção.

Eu mesma, as vezes fujo
da rotina
do tempo
e se pudesse 
até do espaço fugiria...

As vezes viajo
e me imagino contigo
dividindo um apertamento
meio básico, com um ar amigo.

Imagino a gente 
na cozinha
na varanda
no quarto
na sala de estar...

Imagino até você me esperando para o jantar,
sentado numa poltrona cor de berinjela
e terminando de ler mais uma revista 
daquelas suas de mangá.

Ou no fim de semana, me abraçando
e perguntando qual será 
o prato do dia
que eu vou te preparar.
E eu respondo com um beijinho
que é melhor você esperar,
por algo doce como brigadeiro
e quente como acarajé.
Gostoso como tapioca
e crocante como cookie.
Diferente como picolé de jabuticaba
e tranquilizante como mel.

Ah, sei lá... 
vou inventando um monte de besteira pra falar
e te enrolar.
Pra te levar pra um cantinho tranquilo, só nosso.
Pra gente esquecer dos problemas,
                   dos dilemas
                   dos floemas
                   dos edemas
Pra eu parar de falar besteira,
quando você realmente não mais aguentar...

Pra gente viver nossos dias,
escrever novas poesias.
Pra você compor uma melodia
e eu escrever o resto da canção.

Para que tudo que eu imagino um dia se realize,
eu sempre faço uma oração:
Pedindo paz, saúde, alegria, amor...
Desejando que os meus sonhos 
algum dia
tenham alguma veracidade
e se tornem no futuro,
novos dias de nostalgia,
dos quais irei sentir saudade.

(Sarah Magalhães)

sábado, 23 de junho de 2012

Sábado

Eu só quero
prender o cabelo,
vestir meu pijama
-ficar com ele o dia inteiro-

Pensar o que quiser.
Realizar o que der.

Lembrar de você
a me minar.

Fazer o dia render
e a poesia rimar.

(Sarah Magalhães)

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Um lar

Não conto mais segredos
nem me distraio mais não.

Eu ouço a minha vida.
Escrevo uma cantiga.
Tento ouvir o coração.

Procuro um abrigo quente,
aonde eu possa repousar.

Um lugar que me alimente
de amor, alegria e mar.

Um lar.

(Sarah Magalhães)

terça-feira, 19 de junho de 2012

Saudade

Tenho é saudade daquela vontade
que tinha
que vinha
que ia e vinha
que foi...

Voltou.

Ah, mas que mentira!
Não tenho saudade de vontade minha,
vontade vem e vai
mas sempre volta.

Do que sinto falta
é daquela Maria.

Ah, Maria...

(Sarah Magalhães)

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O que quero

Quero mais a paz
do teu sorriso.
Quero mais o brilho
dos teus olhos.


Quero mais um momento contigo.
Para mostrar
o quanto
ainda te cativo.


(Sarah Magalhães)

Novidades!

Agora podem curtir as poesias do Caderno Descolorido também pelo facebook! Clique aqui e acesse a página!


Lá vou postar as poesias com algumas ilustraçõezinhas, para dar uma coloridinha na coisa. rs.

Para vocês terem alguma ideia:


Além das poesias no face, outra novidade são os marcadores de página do blog, que são personalizados com trechos das minhas poesias ou tematizados com bichinhos (joaninha, vaquinha, abelhinha), aos poucos vou postando aqui para vocês verem. Quem ainda não tiver o seu pode entrar em contato comigo pelo email cadernonegro.contato@gmail.com ou pela página 
Caderno Descolorido.

Marcadores de página de joaninha.

Marcadores de página personalizados com versos (d)e amor.
ps.: também tem marcadores masculinos, sem enfeites, apenas com os versos escritos.

E aí pessoal, curtiram as novidades?

Com carinho, Sarah.

domingo, 17 de junho de 2012

Antes de dormir

Mais eu tenho para lhe escrever,
mas agora vou dormir.

Queria rimar e anoitecer
escrevendo sobre o céu
                 as nuvens
                 as estrelas
                 e contando casos
                 sobre você.

Mas ainda sou pequena
e tenho horários a cumprir,
por isso aqui lhe deixo um beijo
e um abraço para concluir.

(Sarah Magalhães)

sábado, 16 de junho de 2012

Ternura

Suas poesias chegam a mim
como rosas que nunca perderão seu perfume.
Como beijos suaves e doces
que sempre irei me lembrar.
Cada palavra, escrita tua,
desperta um sorriso meu,
um brilho no olhar.

(Sarah Magalhães)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Escrever

Pode até parecer impessoal o que digo,
o que rimo,
o que escrevo...
Fico feliz que pareça, acredito que
seja uma qualidade textual.
Fico feliz,
mas nao o suficiente.

Preciso dos teus olhos nessas linhas,
percorrendo os meus ditos sentimentos...

Do que adianta eu escrever belas cartas,
belas rimas, para você...
Se não é você quem lê,
se não é você quem gosta,
se não é você...
E se nao for você? De que me servirão tão belos textos?
De que me servirá tantos leitores?

Não me faz sentido escrever para você,
se você não me lê...

Mas não canso de escrever meus amores e sentir minhas dores e pensar em você.

(Sarah Magalhães)

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Flor no Jardim

Faz falta o teu cheiro.
Faz falta te ver toda manhã
                  te ter sempre perto
                  de mim.
Oh, como faz falta,
Querida Flor, no meu Jardim.
              
  (Sarah Matos Magalhães)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dias dos namorados




Araras apaixonadas
aos olhos de pessoas sensibilizadas
pelo terno amor dispersado
nesses dias dos namorados.

Nesses dias mesmo, 
no plural.
Porque se são namorados
e há amor,
todo dia é dia dos namorados,
não importa que data
o comércio quiser impor.

Para alguns,
apenas papel dobrado.
Para alguns outros,
pássaros apaixonados. 

Essas são ararinhas
de origami,
feitas pela minha irmãzinha
para quem quer
que ame.

(Sarah Matos Magalhães)

Uma história estranha, para o dia dos namorados

Dia dos namorados,
shopping centers lotados,
corações apaixonados
e alguém num canto calado.

Esse alguém lia um livro,
não consegui ver a capa...
mas não importa.

Peguei minha mochila
e sentei ao lado.

Era um garoto 
de olhos escuros
e profundos,
blusa xadrez e cabelo enrolado
-meio despenteado-

Abri o meu livro, 
para ler ao seu lado,
dei um sorriso.
Fiquei.

O tempo parecia confuso:
meio ensolarado,
mas o céu querendo ficar escuro...
O tempo, sem vento,
parecia criança em cima do muro,
sem saber se vai pra lá
ou pra cá...
e acaba que fica sentado, olhando.

Esse tempo meio desnorteado
fica sentado observando
os casais passando
os consumistas comprando
os poetas compondo
as meninas dançando
os meninos jogando futebol num campão...
Fica olhando também,
aqueles que passam em vão,
apenas sorrindo, ou não.

Uma guria passeando com o cachorro
e um senhor passando com o saco de pão.

Enquanto isso 
estou sentada ao lado
do garoto desenturmado,
lendo o meu livro
e vendo o tempo decidir,
se vai passar ou ficar aqui.

Então ouço o garoto rir
e depois sorrir.
Para mim?

Ele se virou,
fez uma cara meio engraçada
como quem não quer dizer nada,
e me falou:
- Feliz dia dos namorados
garota dos cachos dourados!

Por algum motivo,
fiquei sem graça
e senti as minhas bochechas
ficando avermelhadas.

Acho que pisquei, 
fechei o livro
e depois falei:
- Feliz dia dos bananas 
para você também.
Meu nome é Eduarda,
sentei aqui e nem me apresentei...

Ele se levantou
e com um gesto cavalheiresco, 
também me levantou.
Achei tão estranho,
ainda não sabia seu nome,
mas sabia conhecer aqueles 
olhos misteriosos,
talvez de algum sonho.

Fomos caminhando por aí,
conversando sobre os livros
e sobre pedras...
pedras mesmo.

No caminho (para não sei aonde)
a gente viu uma senhora,
sentada na rua pedindo esmola...
Um palhaço,
trabalhando sério no semáforo...
Um camelô,
vendendo doces em frente ao metrô...
Uma guria,
vestida de Rosa e andando de patins...

Atrás dela vinham
deslizando também:
orquídeas,
tulipas,
margaridas
e um Cravo.

O cravo
era um garoto
muito alto e magro...
Atrás dele,
vinha outro rapaz
(de jeans e camiseta branca)
que pedalava uma bike cinza
enquanto filmava
as tulipas e margaridas
zanzando e desejando
feliz dia dos namorados a todos que passavam...

Enquanto rolava essa festa,
eu e o garoto dos olhos profundos 
ficamos parados olhando
e tentando entender 
o que aquele povo queria fazer.

Tudo se explicou.

O cravo alcançou a rosa.
As tulipas e margaridas
sorriram e fizeram roda.
O cravo beijou a rosa.
As flores estavam cantando 
uma musiquinha apaixonada,
enquanto o garoto da bike cinza se aproximava.

Dessa bagunça a rua estava rindo.
Era um clipe apaixonado
de alguns doidos fantasiados.

Eu ainda sorrindo perguntei
ao garoto de olhos escuros
e profundos,
se queria tomar um sorvete
lá perto da rua debaixo.
Ele respondeu que preferia
um açaí que ficava logo ali...
No caminho ele me falou
que achava o dia dos namorados engraçado,
meio inútil, mas engraçado.
E disse que o seu nome
eu não havia perguntado.

Foi aí que eu notei...

Mesmo assim não perguntei.

(Sarah Matos Magalhães)